Pela primeira vez publicamente, o presidente do Inter, Alessandro Barcellos, deu bastidores e detalhes da decisão da direção em interromper o trabalho do técnico Eduardo Coudet em um momento decisivo da temporada. A saída de Chacho foi após o duelo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, com derrota em casa de 2×1 para o Juventude, que ainda era treinado por Roger Machado.
Sem Coudet, o Inter foi para o segundo jogo contra o Juventude e o primeiro duelo contra o Rosario Central pelo playoff da Sul-Americana com o interino Pablo Fernandez no comando, o que gerou críticas por parte da torcida e também da imprensa. Mas, para Barcellos, a avaliação feita é que o time teria mais chances de se classificar com o interino do que continuando com Coudet.
“A demissão do Coudet teve a ver com os últimos dois jogos contra Vasco e Juventude. Entendemos que não tinha mais aderência entre o que o comando técnico pensava… mas sempre se teve uma excelente relação interna. Você percebe no jogo, quando o resultado não vem a partir do trabalho feito. Decidimos que era o momento de criar algo novo e entendemos que teríamos mais chances naqueles jogos com o interino do que no caminho que estava”, declarou Barcellos, em entrevista à Rádio Gaúcha.
O presidente ainda garantiu que a convicção em Roger Machado era total e a prova disso foi que o clube esperou o segundo jogo contra o Juventude por uma questão “ética”.
“A convicção era tanta no Roger que nós tínhamos um compromisso ético de não ter nenhum contato até o desfecho dos jogos. Do segundo jogo contra o Juventude até a contratação do Roger, se passaram alguns dias”, ampliou Barcellos, nesta sexta.
Mais falas do presidente do Inter:
Possíveis saídas:
“Nenhum negócio está encaminhado, nem a saída do Aránguiz. Vi uma notícia de que um jornalista chileno disse que haveria acerto em poucas horas, mas isso não existe. Não vamos deixar com que a meta orçamentária descaracterize a nossa equipe. Também estamos no mercado para buscar reposição. Mesmo que não tenha saídas, estamos buscando oportunidades para reforçar o elenco”
Prioridade deste momento:
“Não são só aspectos táticos e técnicos, mas de ambiente. Ainda estamos doloridos, mas precisamos reagir rapidamente. Todos estão constantemente sob avaliação, ainda mais em momento de crise como esse. Mas precisamos ter prioridades. E a prioridade neste momento é dar condições ao Roger para ele entender como funcionam as coisas. A partir daí surgem as necessidades das avaliações que já fizemos e estas questões serão tratadas ao longo do tempo”
Leia mais:
- Roger não evita eliminação e entende irritação do torcedor: “Doloroso para todos”
- Colorado chega a 10 eliminações no Beira-Rio desde 2019 e torcedores tentam invadir o campo