O jornalista Diogo Olivier, que é comentarista da RBSTV e da Rádio Gaúcha, subiu o tom ao analisar a conduta de Gustavo Quinteros, treinador do Grêmio, no recente jogo diante do Juventude. A crítica do jornalista é pela agressão do técnico no rosto do atacante Ênio, em confusão no segundo tempo, que foi citada na súmula e pode gerar gancho pesado ao comandante tricolor.
Olivier, em coluna no portal GZH, chamou o ato de “inqualificável” e questionou o que todos estariam dizendo se o autor do fato tivesse sido o antigo treinador gremista Renato Portaluppi.
“Prefiro ficar com o dia ‘não’. Todo mundo erra e merece segunda chance. Segue o jogo. Mas o técnico Gustavo Quinteros foi, para mim, uma enorme decepção de conduta em Caxias do Sul, no Estádio Alfredo Jaconi. A agressão em Ênio, do Juventude, é inqualificável – para dizer o mínimo”, escreveu Olivier, antes de ampliar:
“Um jogador não espera um soco/cotovelada daqueles vindo de um técnico. É um golpe baixo. O que estaríamos dizendo se fosse Renato? A justificativa de que foi sem querer ficou ainda pior: a imagem é clara. Pedir desculpas por perder a cabeça teria sido melhor, mas é claro que aí entra a questão legal, de pegar uma punição maior e ficar fora dos dois Gre-Nais”, ampliou.

Súmula pode complicar Quinteros
Durante o domingo, a Federação Gaúcha de Futebol – FGF – divulgou em seu site oficial a súmula do jogo, onde o árbitro Anderson Daronco relata “soco” de Quinteros no atacante adversário. O TJD-RS analisará o caso e poderá oferecer denúncia para uma suspensão maior que apenas o jogo automático gerado pela expulsão.
“Motivo: 392 – Golpear ou tentar golpear um adversário com uso de força excessiva fora da disputa da bola. Expulsei com cartão vermelho direto, aos 51 minutos do segundo tempo, o treinador do Grêmio, Gustavo Quinteros, por, após a marcação de um gol da sua equipe, ter invadido o campo para protestar de uma suposta decisão da arbitragem e ter desferido um soco no rosto do atleta adversário Ênio. A referida expulsão ocorreu após revisão no VAR e o treinador expulso saiu de campo normalmente”, diz Daronco, no documento oficial da partida.