Você já imaginou três jogadores do seu time entrando em uma festa de 15 anos de bermuda, regata e chinelo? E ainda participarem da valsa com a aniversariante, tudo a convite do pai da jovem? Pois foi o que aconteceu com um trio multicampeão com a camisa do Grêmio na vitoriosa década de 90: o ex-volante Dinho, o ex-meia Carlos Miguel e o ex-atacante Paulo Nunes.
A história foi contada com detalhes e aos risos por Carlos Miguel, em recente entrevista concedida ao jornalista Filipe Gamba. Segundo ele, a ideia dos jogadores era curtir um sábado de futevôlei na praia de Tramandaí, no litoral gaúcho, mas o desfecho foi totalmente inusitado:
“Por incrível que pareça, ganhamos do Felipão um sábado à tarde e domingo de folga. Combinamos um futevôlei na praia. Aí fui eu, Dinho, Paulo Nunes e mais alguns do elenco. Chegamos na praia, era Tramandaí, começamos a jogar. Daqui a pouco, começaram a ver que eram jogadores do Grêmio e encheu o lugar. Aí tu começa a jogar, mas o jogo vai esfriando, porque um quer uma foto, outro quer autógrafo e tu não consegue jogar. Mas atendemos todo mundo e sentamos num barzinho ali do lado para tomar um gelo”, contou Carlos Miguel, antes de ampliar a inacreditável história:
“Era um bar de esquina, uma mesinha legal, meio escondido. Aí estávamos vendo uma galera passando de roupa social e daqui a pouquinho passa um senhor de terno, todo social, olha para o bar e nos vê. ‘Bah, não acredito que vocês estão aqui, sou gremista, olhem só, aqui nessa casa do lado a minha filha está fazendo a festa de 15 anos’. E ele pediu para irmos ali bater umas fotos. E nós de bermuda e chinelo. Mas ele disse que não tinha importância e ainda falou as palavras mágicas: ‘Tem uma cerveja gelada’ (risos). Aí fomos dar um abraço, dar esse parabéns. Sabe como terminou? Nós três de camisa regata, bermuda e chinelo dançando a valsa com a menina. Ela já deve ter os seus 40 anos hoje”.
Saudades daquele Grêmio
Carlos Miguel, que também jogou no Inter, no São Paulo, fora do país e na Seleção Brasileira, contou na mesma entrevista que não trocaria aquele time do Grêmio da década de 90 por nenhum outro:
“Eu não trocaria o meu time do Grêmio de 1995 e 1996 por nada nesse mundo, jamais. Se a gente pudesse depois ter uma outra vida, eu pediria o mesmo time com esses mesmos amigos aqui para jogarmos de novo. Não precisaria mais nada”, contou.
Outros nomes emblemáticos daquela geração como Danrlei, Adilson, Roger Machado, Arce, Goiano, Rivarola, Jardel, entre outros, também se tornaram marcantes nos títulos conquistados. Luiz Felipe Scolari, o Felipão, era o treinador, com Fábio Koff na presidência nos anos das conquistas da Libertadores de 1995 e Brasileirão de 1996.
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