
Em apuros na Série B após um início irregular com Antônio Carlos Zago, o Inter agiu rápido e apostou em alguém experiente na competição: Guto Ferreira. Com ele, o colorado cresceu e se alojou dentro do G-4, embora tenha tido momentos de críticas – críticas essas que ajudaram a derrubar o treinador há três rodadas do fim.
Em entrevista concedida à Rádio Gre-Nal nesta quinta-feira, o novo treinador do Ceará passou a limpo o seu trabalho no Beira-Rio em 2017.
Pouca utilização de Nico López:
“Não era um centroavante, nem um jogador de lado, pois não ajudava na marcação. Não fazia um movimento pra ajudar a marcar. Ele vai bem circulando atrás do centroavante. Com o Odair jogou assim e por isso se destacou”.
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Aposta em Pottker:
“A Série B tem uma marcação muito forte. Você precisa de um jogador de força, de retensão de bola e esse cara no time era o Pottker. No esquema que a gente jogava, não tinha uma posição que o Nico se encaixasse”.
Chegada com problemas:
“Chegamos no meio de um turbilhão de problemas gravíssimos, com uma pressão desenfreada, e a torcida cobrava resultados e o clube não conseguia dar e também não apresentava desempenho. Montaram um time com características de Série A e não de Série B. Jogadores sem características de disputa física, jogadores acostumados com gramado em perfeitas condições. Essa foi uma dificuldade grande”.
Atletas que ajudaram:
“Eu encontrei problemas, mas fui ajustando. O Sasha se sacrificou pra jogar pelo lado. O Klaus, de força, complementou o Cuesta na defesa. A entrada no Damião nos ajudou muito também”.
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Obesidade
Em outro trecho da entrevista, Guto admitiu que sente preconceito no futebol brasileiro por conta do seu peso:
“Sabemos que muitos clubes tem preconceito com o peso, sim. Muitos preferem um cara elegante, do que outro com inteligência e conteúdo”, lamentou.
Em 2019, o treinador conduziu o Sport à Série A, mas foi demitido em fevereiro após cair para o Brusque na Copa do Brasil. No Ceará, herdou a vaga de Enderson Moreira, que foi para o Cruzeiro.
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