Na coletiva de imprensa que serviu para anunciar o fim da sua carreira no final desta temporada, o zagueiro Pedro Geromel foi perguntado sobre as causas do último rebaixamento do Grêmio e não fugiu da resposta. Segundo ele, a temporada de 2021 foi um “exemplo de má administração” do clube, especialmente pelas constantes trocas de treinadores.
Geromel lembrou que o elenco, que tinha vários jogadores “técnicos”, foi montado para trabalhar com Renato Portaluppi. E que a saída de Renato, culminando com a chegada de treinadores de outras características, dificultou o andamento do time:
“Acho que foi um exemplo de má administração. A gente montou um time muito técnico com o Renato, onde você tinha Rafinha, Maicon, Douglas Costa, Diego Souza, vários jogadores técnicos. E depois tivemos a pandemia. Foi um ano atropelado”, lamentou Geromel, antes de falar das trocas de treinadores:
“Aí saiu o Renato, veio o Tiago Nunes, que tinha um perfil que gostava de jogar, depois vem o Felipão, que eu adoro e tenho muito carinho, mas que pensa futebol diferente. Aí você tem um time montado para uma estratégia e contrata um treinador que tem outra estratégia. Não fizemos nada disso. Aí não tivemos férias, pouco tempo para treinar, pandemia e sofremos muito com isso”.
Naquela temporada, o Grêmio iniciou com Renato Portaluppi, passou por Tiago Nunes, aí teve Felipão e encerrou com Vagner Mancini, que ainda ficou para a temporada seguinte até cair bem no começo do Gauchão, abrindo espaço para a volta do hoje colorado Roger Machado.
Geromel ainda quer jogar
Mesmo anunciando o adeus para dezembro, Geromel garante que está fazendo todos os treinamentos com o grupo e que se sente bem fisicamente para jogar. Ele inclusive se colocou à disposição de Renato para o jogo desta sexta-feira, 21h30, na Arena, contra o Fortaleza, pelo Brasileirão.
Perguntado em “uma palavra” sobre o que representa o Grêmio na sua vida, o zagueiro de 39 anos respondeu: “Paixão”. Ele ainda citou a jogada para o gol de Everton Cebolinha, na final da Copa do Brasil de 2016 contra o Atlético-MG, no Mineirão, como o seu momento mais marcante no clube.
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