
Uma eventual volta de Falcão ao Inter está diretamente ligada à necessidade de mudança e alternância de poder. É isto que ele vem indicando em suas últimas manifestações sobre o ex-clube, como fez nesta semana em entrevista concedida aos jornalistas do Grupo RBS, Luciano Potter e Rafael Divério.
Com palavras duras, mas sem citar nomes dos dirigentes envolvidos e dos movimentos políticos, Falcão avaliou existir uma “ditadura de 20 anos no Inter” e que “uma pessoa só” comanda todo o “regime”:
“Eu não penso mais no Internacional. Existe lá uma confraria de 20 anos. E vocês sabem bem quem é que comanda. Uma ditadura de 20 anos comandada por uma pessoa só. Ditadura de 20 anos do mesmo grupo político. Evidente que trouxe coisas boas, coisas ruins. Aconteceu de tudo. Agora há uma eleição dia 26. E vai ter condição de mudar, de não mudar”, declarou.
Peço licença ao @lucianopotter para manter esse vídeo aqui. Se quiser, apago, pois o conteúdo é seu. Link da entrevista logo abaixo. E aliás, obrigado.
Dito isso, fiquem com a palavra do Rei sobre a política do Internacional: pic.twitter.com/s0FS1A2Cyo
— lemos (@ogabrilemos) November 16, 2020
Para Falcão, uma mudança de “ares” é importante em toda democracia, inclusive nos clubes de futebol:
“Vocês da imprensa me ensinam que a democracia precisa de mudança. E mudança não é apenas de nome. Se sai alguém e entra outro do mesmo partido, é o mesmo regime. No Inter, é um grupo que está há 20 anos. A democracia, também em um clube de futebol, precisa de mudança de ares. Não chego a pensar no Inter, eu não sei o que vai acontecer”, acrescentou.
Em suas duas curtas passagens em 2011 e 2016 como treinador, Falcão teve Giovanni Luigi e Vitorio Piffero como presidentes – ambos são egressos do movimento capitaneado por Fernando Carvalho que chegou ao poder no clube em 2002. Desde a saída do Inter após cinco jogos em 2016, o antigo craque do futebol brasileiro não voltou a trabalhar como técnico.
Confira a íntegra da entrevista: