Até hoje, o meia Jean Pyerre carrega uma “tristeza” por ter participado da campanha do rebaixamento do Grêmio em 2021. Com sinceridade, ele abordou temas vinculados àquela temporada durante entrevista à Rádio Gaúcha e negou, por exemplo, qualquer tipo de briga no vestiário ou de rivalidade entre mais jovens e mais velhos – na época, foram levantados boatos envolvendo Rafinha e Diego Souza, algo negado pelo atual atleta do Ypiranga.
“Sou muito triste pelo rebaixamento ter acontecido, porque a gente sabe como isso marca a nossa carreira. No Avaí, infelizmente acabou acontecendo a mesma coisa. Cabe a mim agora dar a volta por cima em relação a tudo isso. A culpa não pode ser só dos outros. Hoje em dia tenho outro cabeça. Eu tenho que reconhecer o que cabe a mim. De se cuidar, de fazer fisioterapia no horário inverso, coisas assim”, disse o atleta de 26 anos.
Para Jean Pyerre, a queda do Grêmio em 2021 deve ser entendida mais como um “acidente” de percurso do que fruto de brigas internas no vestiário:
“Sou um cara muito sincero e nós somos seres humanos. Sempre respeitei muito o presidente Romildo, que comprou várias brigas para mim e me ajudou muito. Mas eu, de dentro do vestiário, a gente vê que foi mais um acidente que aconteceu do que de repente a existência de brigas internas. Diziam do Rafinha (foto), do Diego Souza, mas foram caras que se davam muito bem com a gente que era mais jovem. As coisas deixaram os trilhos e no começo a campanha foi muito ruim. Quando acordamos, era tarde. A gente tinha confiança por ter grupo bom”, ampliou.
Relação com Renato
De um modo geral, Jean Pyerre afirmou que a sua relação com o técnico Renato Portaluppi, especialmente dentro de campo, era boa e de ajuda mútua:
“Tive diversos treinadores que chegaram e disseram para mim: ‘Eu vou te ajudar’, só que a diferença é que independente da minha relação com o Renato, isso sempre ficou para fora do campo (as polêmicas). Por ele saber gerir um grupo, eu sempre tive muitas oportunidades. Hoje em dia se criou uma narrativa para mim, na qual não tenho mais o direito de errar, não tenho mais o direito de jogar um jogo mal, que daí eu fico sem jogar. Mas com o Renato eu tinha esse respaldo porque, de certa forma, ele confiava em mim e também me ajudou dentro de campo”, explicou Jean, em declaração publicada no site GZH.
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