Ex-Inter e Grêmio, Giuliano sugere parada geral: “Um gol paga o preço de uma vida?”

Meia atualmente joga no Santos e deu o seu ponto de vista sobre tudo que vem acontecendo

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Ex-jogador de Inter e Grêmio, o meia Giuliano deixou uma reflexão importante depois de ajudar o seu atual time, o Santos, a vencer o Guarani por 4×1 em casa pela Série B nesta segunda-feira. Em entrevista ao SporTV, ele se mostrou sensível à dramática situação vivida pelo Rio Grande do Sul e sugeriu uma parada geral em todas as séries do futebol brasileiro.

“Qual é o preço de uma vida? Será que um gol paga o preço de uma vida? Será que um estádio cheio, enquanto as pessoas sofrem lá… acho que é um momento de reflexão para nós. O povo brasileiro ama o futebol, mas até que ponto vale não parar o futebol e deixar as pessoas sofrerem?”, colocou o jogador, se comovendo com os efeitos da enchente no Rio Grande do Sul.

Giuliano jogou no Inter de 2009 a 2010 e no Grêmio de 2014 a 2016. Antes do Santos, teve uma passagem pelo Corinthians. Para ele, neste momento, o futebol tem que ser colocado “em segundo plano”:

“Nós temos que ser solidários, o futebol está em segundo plano e temos que amar as pessoas, amar o ser humano. Eu acho que é muito válido uma parada, não somente para o treinamento, mas também para uma reconstrução psicológica dos jogadores e das pessoas que sofreram com isso até que tenhamos condições de voltar com o campeonato”, disse.

Goleiro do Grêmio pensa como Giuliano

Durante a segunda-feira, o goleiro argentino do Grêmio, Agustín Marchesín, postou mensagem nas redes sociais tendo exatamente o mesmo pensamento de Giuliano sobre a continuidade do futebol brasileiro:

“É triste ver como a vida segue ‘normalmente’ nos grandes centros do país. O futebol segue como se nada estivesse acontecendo. É a maior catástrofe da história de um estado. Dezenas de vidas perdidas, famílias inteiras desabrigadas, crianças, animais… é uma situação extremamente triste e nunca vista antes na história do Rio Grande do Sul”, postou Marchesin, para depois completar:

“Sei que muitos clubes estão se mobilizando e enviando doações para os afetados pelas enchentes. Mas acredito que a entidade máxima do futebol brasileiro deveria entender que o momento é de foco total em salvar vidas e abrigar famílias. Todos sabemos que a vida não pode parar, mas ignorar a dor alheia nestas condições é falta de senso de humanidade e respeito”.

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