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Ex-Grêmio, Roger não descarta trabalhar fora do Brasil e prefere esperar vacina para voltar a teinar

Último clube do treinador foi o Bahia, rival gremista na rodada desta quarta-feira do Brasileirão

Os admiradores do técnico Roger Machado não deverão vê-lo novamente à beira de campo tão cedo. Preocupado com a rotina desgastante dos profissionais do futebol ainda em meio à pandemia do novo coronavírus, o treinador declarou em entrevista ao UOL Esporte o desejo de só voltar quando uma vacina eficiente estiver aprovada e à disposição.

“Quase 200 mil pessoas perderam a vida pelo vírus, e penso que existem questões mais urgentes, muito embora eu saiba que o futebol muitas vezes é escape para as pessoas. Eu volto, eu volto. Só não sei se logo no começo ou quando a vacina, de fato, chegar e com mais tranquilidade as pessoas forem vacinas. Eu me sinto mais à vontade. A vacina pode ser um balizador para esse momento, mas te confesso que entre o mercado nacional e a possibilidade, por exemplo, de voltar a trabalhar no Japão, onde morei e tenho muito desejo de retornar, eu ainda daria preferência para sair do país do que permanecer. Mas como a gente sabe? Lá fora o treinador brasileiro está sem prestígio, e estamos começando a ficar sem prestígio no Brasil, a gente já está ficando sem prestígio, não sei quanto espaço a gente vai ter espaço para trabalhar”, colocou.

Para exemplificar o seu pensamento, Roger citou as recentes mortes por Covid-19 dos também treinadores Renê Weber e Marcelo Veiga.

Eu gostaria de esperar esse momento todo de pandemia passar. É uma coisa que afetou muito a questão emocional de quem trabalha no futebol. A exposição diariamente, a possibilidade de se contaminar com o vírus. A gente viu dois treinadores morrerem recentemente, o Renê [Weber] e o Marcelo [Veiga], e não é brincadeira essa questão. Junto a isso, testes toda semana antes e depois dos jogos com aquele cotonete gigante que gera desconforto, a expectativa da resposta do teste, a expectativa coletivamente ao montar a estratégia e não saber se vai ter os atletas, e podem ser dois, três por estarem contaminados. E a gente sabe que, ok, os jogadores são jovens, o vírus não está proporcionando grande desconforto, mas do ponto de vista competitivo qualquer decréscimo de qualidade afeta”, acrescentou.

Roger foi o último treinador do Grêmio antes da chegada de Renato Portaluppi em setembro de 2016. Mesmo sem títulos, deixou um trabalho reconhecido entre 2015 e 2016.

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