Até caixas de som foram colocadas no Olímpico para anunciar a volta de Ronaldinho Gaúcho ao Grêmio, mas, de última hora, o então astro do futebol brasileiro escolheu o Flamengo no seu retorno ao Brasil, frustrando os planos tricolores. A história voltou à tona nesta semana em uma entrevista do ex-lateral-direito Edilson ao “Sem Filtro”, do portal GZH.
Edilson afirmou ter uma amizade com Ronaldinho Gaúcho atualmente e garantiu que o antigo craque ainda “ama” o Grêmio. E apostou que, um dia, R10 falará tudo que aconteceu envolvendo a sua “não” volta ao clube na temporada de 2011.
“Hoje eu tenho uma amizade com o Ronaldinho Gaúcho. Ele nunca falou e a gente nunca perguntou para ele, mas eu vejo que ele tem uma mágoa por tudo que ele representa, pelo estado que é dele, pelo clube que ele ama e ele não ter esse carinho e esse amor. O Odone, naquela época, jogou toda a bomba para o Ronaldinho, mas não se sabe da boca do Ronaldo e do Assis o que aconteceu. Por isso, acho que um dia o Ronaldinho um dia vai falar o que aconteceu. Ficou mal resolvido. É chato saber o que o maior ídolo mundial”, declarou.
Na época, Grêmio e Palmeiras competiam com o Flamengo para conseguir concretizar a contratação do craque, que estava de saída do Milan, da Itália. Ronaldinho ficou no Fla de 2011 a 2012, quando se transferiu para o Atlético-MG e foi decisivo no título da Libertadores de 2013. No futebol brasileiro, ele ainda jogaria brevemente no Fluminense, em 2015, já na parte final da sua carreira profissional.
Ronaldinho falou do Grêmio recentemente
Em entrevista de junho ao quadro “Fred+10”, do canal Desimpedidos, no YouTube, Ronaldinho Gaúcho relembrou grandes momentos da carreira e disse ter “muitas lembranças” do Grêmio, que foi o seu primeiro clube da trajetória no futebol. Para ele, as principais memórias são dos amigos ao longo de 13 anos atuando no antigo Estádio Olímpico.
“São muitas lembranças do Grêmio. Eu joguei dos meus 7 anos aos 20 no clube. A lembrança que mais fica é dos amigos da época. Muitas coisas”, disse R10, na ocasião.
Dirigente da época se manifestou
Na época, um dos dirigentes de futebol do Grêmio era o atual comentarista da Rádio Gaúcha, Cesar Cidade Dias, o CCD, que já deu algumas vezes a sua versão da história. Segundo ele, quem não quis vir foi Ronaldinho mesmo, não o seu irmão Assis.
“Até que o Assis me diz mais ou menos assim: ‘Nós queremos um camarote no Olímpico’. E o Odone: ‘Pô, Assis, o contrato é de 100 milhões de reais, eu te dou 10 camarotes do Olímpico’. Algo sem nexo. Outro pedido foi o empréstimo de dois jogadores do Grêmio para o Portoalegre, que era o time dele, para o Gauchão. A gente não entendia muito isso. Depois entendemos. O Assis estava tentando ganhar tempo para convencer o irmão dele a vir para Porto Alegre. Porque o Ronaldinho dele tinha um filho lá no Rio de Janeiro e todo mundo sabe como é o Rio. Aquele momento muito valorizado, muito querido, com a força do Flamengo, festas no Rio. Que que aconteceu? O Assis não conseguiu convencer. Quem não quis vir foi o Ronaldinho, não o Assis”, relembrou CCD ao jornalista Farid Germano Filho, no meio do ano passado.
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