
Principal entusiasta da contratação de Everton Cebolinha no Benfica ainda em agosto de 2020, por cerca de 20 milhões de euros junto ao Grêmio, o técnico português Jorge Jesus não demorou muito para conquistar o atacante brasileiro, que é só elogios aos seus métodos de trabalho e “paixão” que demonstra diariamente pelo futebol.
Em entrevista dada nesta quinta-feira ao podcast Tudo em Off, do YouTube, o ex-atacante gremista admitiu que Jesus é diferenciado e que entrega tudo “mastigadinho” para os jogadores executarem em campo:
“No começo dele no Benfica, sim, falava bastante (do Flamengo). Sobre marcação pressão, como gostava de jogar e tal, porque tinha sido o último clube dele. Agora que está tudo fluindo mais assim já não fala tanto. Ele fala diariamente pra nós que respira futebol, que é aquilo 24h. Contra o Bayern de Munique, a gente sabia todos os detalhes de posicionamento deles. Ele entrega tudo mastigadinho”, elogiou Everton.
Everton detalha gol perdido contra o River Plate na Arena
Dentre tantos lances marcantes que empilhou pelo Grêmio, clube pelo qual venceu a Copa do Brasil, a Libertadores e a Recopa Sul-Americana, além de dois Gauchões, Everton ainda lamenta o gol perdido na cara do gol contra o River Plate, na Arena, na semifinal continental de 2018.
Cebolinha havia recebido de Cícero e partiu livre em direção ao gol, mas chutou em cima do goleiro Armani – depois, os argentinos virariam para 2×1 e mais tarde venceriam o título sobre o Boca. Everton, na nova entrevista, conta que estava voltando de lesão muscular na coxa direita e que, momentos antes do lance, havia sentido a mesma dor.
“Aquele lance, por semanas, me incomodou muito. Eu lembro que nos três primeiros dias eu nem dormia direito. Acordava de madrugada pensando como errei. Só que é um lance curioso, porque foi um problema mais físico do que técnico. Na época eu voltei de lesão, não joguei a ida na Argentina. Queria jogar muito. O Renato me vetou de ir para a Argentina. Falei pra ele que eu queria ir. E eu não estava 100% recuperado. Era lesão de grau 2 na coxa. Eu estava perto de ser o artilheiro da Libertadores e queria jogar. O Renato me levou pro banco na Arena, mas me disse que a princípio eu não entraria. Quando eu entro, logo tento uma jogada no meio e sinto minha posterior. Eu estava esgotado e fui no limite quando o Cícero enfiou a bola. Sentia câimbra já, coisa que nunca tive. Podem ver que eu já recebo a bola tentando levar para a esquerda, porque imaginei que doeria muito a perna direita. Eu saio antes do zagueiro e ele chega quase junto comigo”, colocou o jogador.
Reveja o lance: