Estreou, empolgou e sumiu: Dorival Jr relembra a trajetória de Jajá Coelho no Inter

Porto Alegre, 17 de março de 2012. O sol forte atrapalha a visão dos torcedores que escolhem as arquibancadas mais baixas do Beira-Rio. Mas iluminado mesmo estava o estreante Jajá Coelho, que tirou a ardência e encheu de água os olhos de quem o acompanhou pela primeira vez na goleada de 7×0 do Inter sobre o Juventude, pelo Gauchão.

Quem o viu naquele dia, teve a certeza de que a direção colorada acertou em cheio na contratação. Com dois gols e duas assistências, o meia colocou o jogo no bolso e encheu a todos de muita expectativa, que se mostrou frustrada com os capítulos que se seguiram.

O técnico colorado na oportunidade era Dorival Júnior, que, nesta semana, ao canal Vozes do Gigante, lamentou que o jogador não tenha dado a continuidade esperada naquele ano.

Por um episódio de indisciplina com o centroavante Jô após a queda do Inter na Libertadores para o Fluminense, nas oitavas de final, quando a dupla só voltou ao hotel da delegação no Rio de Janeiro na manhã do dia seguinte pós-festa, Jajá passou a ser visto com outros olhos no clube. Foi punido, afastado, perdoado e até voltou a jogar, mas os altos e baixos abreviaram de vez a sua passagem.

“Eu lamento muito, porque acreditava demais no potencial desse jogador (Jajá). Lembro bem dessa partida contra o Juventude. Parecia ser um jogador muito promissor. Lamentavelmente, ocorreu esse episódio no Rio de Janeiro. Foi uma indisciplina forte. No domingo, decidiríamos a final do Gauchão contra o Caxias e os dois ficaram de fora”, lamentou o atual treinador do Athletico.

Dorival acreditava muito no futebol de Jajá Coelho – Foto: Diego Guichard / Agencia RBS

Destinos opostos para Jô e Jajá

Jô deixou o Inter e foi cedido ao Atlético-MG. Lá, se estabeleceu, firmou bela parceria com Ronaldinho Gaúcho, virou goleador e ganhou a Libertadores do ano seguinte jogando em alto nível.

Jajá, por sua vez, superou a punição interna e disputou o Brasileirão do mesmo ano, mostrando apenas rascunhos da pintura de sua estreia. Ele balançou as redes apenas quatro vezes em 28 partidas. Após rescindir no mês de outubro de 2012, retornou ao Metalist, da Ucrânia.

Em entrevista concedida em abril ao GaúchaZH, o jogador de 34 anos falou da passagem no Inter: “Todo mundo viu a minha qualidade, fomos campeões gaúchos. As coisas que aconteceram foram fora de campo”. Nega ter se aposentado, mas não joga desde meados de 2019, quando deixou o Seongnam FC, da Coreia do Sul.

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