Especialista fala em “risco gigante” ao Grêmio caso o clube não entre em campo para pegar o Flamengo

Direção do Grêmio promete não entrar em campo caso o Flamengo tenha torcida dia 15

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Para o jornalista e especialista em Direito Esportivo, Andrei Kampff, o Grêmio irá correr um “risco gigante” se manter a postura anunciada de não entrar em campo no dia 15, no Maracanã, pela volta das quartas da Copa do Brasil diante do Flamengo. O clube carioca se baseia em uma liminar que está permitindo o retorno de seus torcedores, enquanto o time gaúcho quer “isonomia” e lembra que a ida, na Arena, foi com portões fechados.

Kampff entende que, embora o Fla vá contra ao acerto prévio entre os demais clubes brasileiros, a liminar neste momento é um agravante jurídico que pode complicar o Grêmio na decisão de não jogar.

“Hoje, eu não tenho dúvidas de que o Grêmio corre mais riscos (de punição), pois o Flamengo está amparado pela liminar. Não entrar em campo com essa liminar a favor do Flamengo é um risco gigante para o Grêmio”, disse o jornalista à Bandeirantes, antes de ampliar:

“Mover um processo contra o clube carioca enquanto não for derrubada essa liminar é um caminho complicado. Jogar e acionar juridicamente depois é complicado. O Grêmio está se posicionando politicamente junto com os outros clubes e isso provoca uma pressão sobre o STJD”.

Flamengo venceu o jogo de ida por 4×0 – Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

A postura do presidente gremista Romildo Bolzan Jr, dada ao site GZH na última quarta-feira, foi a seguinte:

“O Grêmio examina, por uma questão de equidade, não comparecer à partida se o Flamengo insistir em colocar público. O Grêmio se encontra amparado pelo protocolo que definiu o regulamento da competição. É uma situação necessária fazer por questão de justiça e de estabelecer a igualdade nos dois confrontos. Caso isso não seja observado, o Grêmio poderá organizar uma situação de não comparecer ao jogo”, declarou o mandatário.

A normativa da CBF da qual o Grêmio se baseia para questionar a volta do público no dia 15 diz o seguinte:

“Em partidas ida e volta (mata-mata), no caso de um dos clubes envolvidos não ter autorização pelo órgão sanitário local para receber público no estádio, ambas as partidas não terão público. Exemplo: Clube A da UF 1 tem permissão pela autoridade sanitária local para receber público máximo de 20% do estádio, enquanto Clube B da UF 2 não tem permissão pela autoridade sanitária local para receber público (0% do estádio). No caso de confronto entre as equipes em formato eliminatório ida e volta, nem Clube A nem Clube B poderão receber público nos seus respectivos estádios; c. Solicitações diversas de modificação das tabelas das competições”.