Em nova entrevista, desta vez à Revista Placar, o técnico Roger Machado falou outra vez sobre a rivalidade Gre-Nal e a escolha, em 2024, de ir treinar o Inter mesmo com todo o passado no Grêmio, onde foi multicampeão como jogador e teve duas passagens como treinador. Prudente, o comandante colorado garantiu seguir sendo “muito cuidadoso” com esta relação:
“Busco ser muito cuidadoso nessa relação. Nós que somos do Sul entendemos a rivalidade e todo o contexto. E, justamente por não querer magoar um dos lados, busco ter muito cuidado. Curiosamente, quando ainda era jogador do Grêmio, a cada dez pessoas que pediam uma foto, três ou quatro eram torcedores do Inter, que sempre salientaram a forma como lidava com a rivalidade, nunca permitindo que extravasasse para além do campo. Esse é o respeito que tinha com o Inter”, afirmou Roger.
No começo da carreira de treinador, Roger Machado projetava trabalhar apenas até os 50 anos e depois se aposentar, o que poderia fazer de 2025 o seu último ano na carreira. Mas a ideia mudou completamente com o passar do tempo e da trajetória:
“Hoje está fora de cogitação. Uma filha já mora fora, outra diz que também vai. Daqui a pouco estamos só eu e a patroa, sozinhos, e aí vamos poder desfrutar desse Brasil, desse mundo novo. Vai haver outras pausas, sim, porque desejo fazer outra faculdade, mas acho que tenho uns 20 anos como treinador”, projetou.
Roger com a missão de tirar o Inter da fila
Vivendo um jejum de títulos do Gauchão desde 2016 e de grandes conquistas desde 2011, com a Recopa Sul-Americana, o Inter aposta no trabalho de Roger para sair da incômoda fila e voltar a botar faixa no peito:
“O que conseguimos construir até aqui fez com que o torcedor voltasse ao estádio para além do resultado. Resgatamos a muitos, que hoje pensam: ‘Eu quero vencer, mas estou gostando da forma como meu time está se comportando’. É impossível prometermos conquistas, mas esse grupo está desejando marcar época com uma faixa no peito”, finalizou.