Em um possível clima de despedida do Inter tendo em vista o forte interesse do Al Shabab, da Arábia Saudita, Edenilson atuou normalmente no empate em 0x0 desta quinta-feira, fora, contra o Olimpia, pela ida das oitavas da Libertadores e inclusive foi o capitão colorado com a ausência de Taison. O tema foi colocado para o goleiro Daniel pós-jogo, e os elogios deram o tom de sua fala.
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Habitualmente de poucas palavras, o arqueiro deixou claro que nem ele – nem o restante do elenco – pensa na perda de Edenilson neste momento, uma vez que se trata de “grande pessoa e grande jogador”:
“Ed é um grande jogador. Sempre brincando fora. Grande jogador e grande pessoa. Mas o Inter tem vários jogadores, várias opções. Não tenho muito o que falar sobre isso”, disse Daniel, eleito o melhor jogador da partida no Paraguai.
Na noite de quarta-feira, o presidente colorado Alessandro Barcellos conversou com a Rádio Gaúcha sobre o caso do camisa 8 e se mostrou seguro em relação à permanência, embora admita a necessidade de se fazer caixa:
“O Edenilson é um dos ativos mais importantes do nosso grupo. É normal que se tenha especulação. O Edenilson tem contrato com o clube e está feliz. Ele é um líder deste grupo. O nosso interesse é de que ele permaneça e continue nos ajudando. Neste momento, diria que não tem nenhuma possibilidade, diante das sondagens que surgiram, de o Edenilson sair do Inter”, disse, antes de ampliar:
“Não escondemos que estamos sendo procurados por outras equipes. Temos um planejamento (financeiro) que precisa ser cumprido. Precisamos de uma receita extraordinária na venda de atletas. No entanto, o Inter não vai rasgas os seus ativos”.
Números e valores envolvendo Edenilson
De acordo com o Globoesporte, a proposta apresentada pelo Al Shabab é de menos da metade de US$ 3 milhões, que é o valor acertado para a multa rescisória de Edenilson para o exterior. O atual contrato do atleta de 31 anos com o Inter vai até o final de 2023.
Em 2019, o Al-Hilal, do mesmo país, investiu para ter o camisa 8 colorado, mas o Inter resistiu por estar, à época, envolvido nas fases decisivas da Libertadores e da Copa do Brasil. Em 2020, também do mundo árabe, o meio-campista recebeu uma proposta de US$ 4 milhões (R$ 21,14 milhões à época), igualmente rechaçada.