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Campeão da Libertadores e do Mundial pelo Inter em 2006, o ex-volante Edinho é o único jogador daquela geração a não ter boa relação atualmente com a torcida colorada. Tudo em razão de declarações feitas quando jogava no Grêmio entre 2014 e 2016, indicando, por exemplo, que a vitória do Gre-Nal de 5×0 na Arena em 2015 havia sido o maior título da sua carreira.
Mas ele afirma que não foi bem isso que quis dizer. Em nova entrevista, desta vez dada ao jornalista Duda Garbi, o antigo jogador alega ter sido interpretado de forma diferente pela jornalista que realizou a matéria para o jornal Zero Hora. O que ele quis referir, na época, foi a sua superação em voltar a jogar após seis meses afastado no Grêmio e com quadro de depressão no período.
“O Gre-Nal é um jogo que muda tudo. E já estava determinado que, no dia seguinte, ganhando ou perdendo, quem falaria à imprensa era eu. Voltando de novo a jogar, um jogo importante, eu estava afastado seis meses… se perder, conseguiria sair das perguntas e se ganhar você vai falar, beleza. E ganhamos de 5×0. No outro dia, entrevista comigo. Não lembro o nome da jornalista, mas ela pediu para contar o período todo que fiquei afastado, com depressão e tal. Beleza, foi tudo isso para o jornal. Contei que tive dificuldade de entender, que ninguém me queria, só a Inter de Limeira fez proposta, mas eu não sairia do Grêmio para ir para lá. E contei esse processo todo”, disse Edinho, em entrevista que vai ao ar neste domingo no canal de Duda Garbi.
“Eu falei assim para ela: ‘Eu trocaria todos os títulos que eu tenho por esse momento que eu estou tendo de volta’. Porque eu ressurgi pro futebol. Eu estava depressivo, sem chances de novo. Falei para ela isso. Se me arrependo? 100%. Se eu pudesse, nem dava entrevista. Errei, errei mesmo. Mas deixo claro que a ideia do meu coração era externar o que tinha acontecido comigo, não para zoar a torcida do Inter. É um clube que eu tenho muito carinho. Um clube que eu fiquei de 2002 a 2009”, acrescentou.
Edinho participou de reconstrução do Inter
Entre 2003 e 2006, Edinho fez parte como jogador vindo da base de todo o processo de recuperação do Inter, que culminou com o título mundial em 2006 sobre o Barcelona – Edinho era titular daquela equipe. Ele, além da Libertadores de 2006, também venceu a Copa Sul-Americana de 2008 sendo inclusive o capitão.
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