Momentos antes do começo de São Luiz 1×3 Inter pelo Gauchão, em Ijuí, nesta quarta-feira, o ex-meia e atual diretor esportivo colorado Andrés D’Alessandro deu uma forte entrevista coletiva criticando a arbitragem gaúcha e levantando suspeitas sobre o VAR, especialmente sobre Daniel Bins, que foi o comandante da arbitragem de vídeo no último Gre-Nal. A manifestação de D’Ale, porém, foi duramente criticada pelo comentarista Diori Vasconcelos, da Rádio Gaúcha.
O jornalista, que costuma analisar o desempenho dos árbitros para a sua emissora, avaliou que D’Ale sequer parecia ter uma “indignação genuína” em sua fala, sugerindo uma suposta “necessidade institucional” imposta ao argentino. Para Diori, que também criticou ironias de dirigentes gremistas nas redes sociais, esta discussão não tem ajudado no desenvolvimento do campeonato:
“D’Alessandro voltou a falar sobre a arbitragem do Gre-Nal, ocorrido quatro dias antes. Criticou critérios, apontou lances, questionou a escolha do árbitro de vídeo Daniel Bins e sugeriu que ele não fosse mais escalado para jogos do Inter, especialmente em um eventual novo clássico no Gauchão. Mas o discurso não teve a ênfase habitual do argentino. Pelo contrário: transpareceu mais uma necessidade institucional do que uma indignação genuína”, escreveu o comunicador em coluna no portal GZH.
“O Inter já havia se manifestado oficialmente sobre o tema, tanto nas redes sociais quanto por meio do vice de futebol José Olavo Bisol, que abordou as mesmas questões levantadas por D’Alessandro. Retomar o assunto quatro dias depois soa exagerado e, de certa forma, desnecessário. Principalmente porque a discussão sobre a arbitragem não tem levado o campeonato para um caminho positivo”, acrescentou Diori.
Veja as principais falas de D’Alessandro antes de São Luiz 1×3 Inter:
“Falando do VAR, vou para uma questão mais ampla. Coincidentemente, o Daniel Bins sempre tem um lado favorecido. Não só com o Inter. Vivemos isso na final do Campeonato Gaúcho (do ano passado), Grêmio e Juventude, que o VAR não chamou (para revisar o lance). A gente abre os olhos e pensa sobre o que realmente está acontecendo para que as coisas sejam justas. Não queremos ser favorecidos, mas que sejam justos”
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“Quando se tem reclamação do outro, a reclamação é válida. Quando é o nosso lado, é choradeira. Não tem como aceitar isso. A partir de manifestações, teve colocações sobre o VAR, sobre a arbitragem, e depois de algumas decisões do VAR em jogos do Inter… não foi o Inter que começou. A partir do momento em que a gente sente que isso influi em decisões no campeonato, nós vamos, com respeito, nos pronunciarmos. Vamos fazer de tudo para defender o Inter. As coisas têm de ser definidas dentro do campo“