Cortez defende Renato e aguarda oportunidade para trabalhar no Grêmio: “Fico na expectativa”

Ex-lateral-esquerdo fez cursos na CBF para se habilitar como treinador de futebol

Recentemente aposentado do futebol, Cortez olha para trás e vê com muito carinho a sua passagem pelo Grêmio, especialmente pela titularidade na campanha da Libertadores de 2017, que representou o tricampeonato continental ao clube. Durante grande parte do seu período no clube, ele teve Renato Portaluppi como treinador e entende que, atualmente, algumas críticas feitas ao comandante são injustas.

“Ninguém conhece o clube igual o Renato. Se o Renato continuar no Grêmio, vai ajudar muito o clube como sempre foi. O elenco precisa se reforçar para brigar com os outros times. Não adianta só disputar, tem que brigar por título. Mas precisa de verba pra brigar com Botafogo, Flamengo e Palmeiras. O Renato tem muita confiança naquilo que ele faz”, disse Cortez, em entrevista concedida ao canal “Careca de Saber TV”.

Para Cortez, o elenco de 2024 do Grêmio é até mais forte que o de 2023, mas a ausência de Suárez pesa muito em relação aos resultados, assim como o longo período jogando longe da Arena por conta dos efeitos da enchente de maio:

“Nesse ano, a enchente pesou muito para o Grêmio, que não jogou na Arena e isso é um fato, não é uma desculpa. Do ano passado para cá, o que mudou no clube? Na minha visão, o time está mais forte que o ano passado, mas uma peça faz a diferença, que é o Suárez, que carregava aquele time nas costas. Em 2024, o elenco é até mais qualificado, mas jogar fora de casa pesou muito”, ampliou.

Cortez
Cortez defendeu Renato em nova entrevista – Foto: Lucas Uebel/Divulgação

Cortez gostaria de trabalhar no Grêmio

Após terminar a carreira de jogador, Cortez imediatamente começou a realizar cursos na CBF para se preparar para ser treinador de futebol. A sua ideia é iniciar na base e ir fazendo todas as etapas até ter uma chance em um time profissional. Recentemente, ele fez um estádio na base do Grêmio e entende que o tricolor pode ser a sua “escola ideal”:

“Na vida, nada é por acaso. Tudo é preparação. O Filipe Luís se preparou, trabalhou na base e agora está no profissional do Flamengo. Eu, quando terminei minhas licenças, fiquei 15 dias com a base do Grêmio em Eldorado a convite do clube. Vendo Sub-15, 17, 20. Foi um período bom. Falei com os dirigentes da minha intenção. Essa transição de jogador para treinador não pode ser queimando etapas. Quero chegar ao profissional, mas sem pressa, me qualificando na base. O Grêmio seria uma escola ideal para eu poder crescer”, argumentou o ex-lateral.

“Eu fico na expectativa, conversei com o presidente, com dirigentes da base. Não sou um ex-jogador que já está pedindo oportunidade. Não, eu me preparei, sou o único com licença pró e nada melhor que o Grêmio poder ajudar nesta questão. Nem é a questão financeira, é poder evoluir na base. Para depois não falarem que o Cortez chegou lá por ser amigo do Renato. Mas sim por competência, trabalho. Eu amo futebol, acompanho todos os times e quero ter a oportunidade de mostrar trabalho”, acrescentou.

Cortez contou que no período recente no Grêmio viveu três dias de “estágio” no futebol feminino e que também gostou muito do que viu nesta modalidade:

“Eu já me disponibilizei e conversei com o coordenador da base do Grêmio. Já me disseram que eu não tenho como assumir nenhuma categoria, mas eu quero estar ali no bolo, na captação, para mostrar trabalho e evoluir. A questão de família não seria problema. Quero colocar em prática aquilo que eu acredito no futebol. Eu também estive no futebol feminino do Grêmio e fui muito bem recebido. Se eu teria preconceito em trabalhar no feminino? Claro que não, eu quero oportunidade”, encerrou.

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