Na véspera da final do Gauchão diante do Ypiranga, na Arena, a partir das 16h30 do sábado, o zagueiro Pedro Geromel concedeu uma longa coletiva tratando de diversos assuntos, negando, por exemplo, que já pense em se aposentar no final do ano. Ele foi perguntado sobre o sorteio dos grupos da Copa do Mundo, falou das mudanças no Grêmio de 2021 para 2022, citou um bonito exemplo de Zé Roberto e mirou mais um título ao lado da torcida:
Grupo do Brasil com Sérvia, Suíça e Camarões
“Copa do Mundo é sempre complicado. Estão os melhores jogadores, com equipes qualificadas. Em 2018 era quase o mesmo grupo. O Brasil está consistente, jogando muito bem e bateu recorde de pontos nas Eliminatórias. O Tite já está no comando há muito tempo e isso ajuda muito. Os atletas já estão familiarizados e tenho certeza que o Brasil fará uma grande Copa”
Aposentadoria
“Eu não penso nisso (se aposentar no fim do ano). Estou focado em dar o meu melhor no jogo de amanhã, que temos a chance de ser penta. O meu foco é nesse jogo”
Ser campeão gaúcho
“Todos os jogadores, jornalistas e torcedores sabem a grandeza do Grêmio, do quanto representa pro país e pro estado. Ano passado tivemos uma fatalidade. Infelizmente aconteceu um fracasso. Esse ano começar ganhando o Gauchão é fundamental pra trazer o torcedor de volta. A ideia do Roger é essa. Criar uma esperança para que as coisas voltem a correr bem”
Mudanças de 2021 para 2022
“Mudou tudo. Comando técnico, um monte de situações, saíram 17, 18 jogadores. Praticamente nos reconstruímos. É quase outro time. A direção tem falado das nossas dificuldades financeiras também. Isso impacta no dia a dia. Nos últimos anos, o Grêmio era considerado o melhor time do Brasil, com futebol bonito. Esse ano o futebol não é tão vistoso. Mas estamos felizes por estar nessa final e depois precisamos subir de divisão”
Poder ser pentacampeão estadual
“É uma honra, um orgulho vestir essa camiseta. Nunca fico satisfeito com as marcas e quero sempre mais com a camisa do nosso tricolor”
Vantagem de 1×0
“A vantagem é mínima e a gente bate muito nessa tecla. O Ypiranga fez uma grande campanha e ano passado quase subiu para a B. Eles têm uma proposta de jogo bem definida. Vamos ter que ter muita concentração, humildade, correr muito. Não vai ser fácil. O time deles é muito qualificado”
Evolução de Roger
“O Roger está muito mais qualificado, mais preparado, com mais experiência. Antes era o primeiro trabalho dele em clube grande. Já rodou mais e está mais preparado. A queda do futebol vistoso que tínhamos em 2016 para agora é também pela qualidade do grupo”
Saudades de Kannemann
“A gente fica ansioso pela volta dele. Ele agrega muito, contagia com a energia. Líder dentro e fora de campo. E também pelo futebol dele. Já são três meses. A gente torce pra pronta recuperação dele para nos ajudar o quanto antes”
Exemplo de Zé Roberto
“Eu tenho um exemplo que é o Zé Roberto. Quando eu cheguei no Grêmio, eu fiquei uns três ou quatro meses sem jogar. O time era muito bom e a zaga estava muito bem. Só que eu pelo menos era relacionado e viajava pros jogos. O Zé nem isso. Mas, mesmo sem ficar nem no banco, ele era o primeiro a chegar no treino, o último a sair. Aí eu pensava: ‘Pô, se o Zé, que é o Zé, está treinando como um animal mesmo sem jogar, não vou ser eu que vou desanimar’. E segui me preparando. Esse exemplo eu sempre passo pros meninos. Do ano passado pra cá, saíram quase 18 jogadores e chegaram cinco. Os meninos é que estão preenchendo. E sobre o Zé, depois na época chegou o Felipão e perguntou se ele poderia fazer a lateral. Ele aceitou na hora e no fim de 2014 foi um dos melhores da posição no campeonato”
Ganhar ao lado da torcida
“É um momento fundamental. Passei os últimos meses pensando nessa volta da torcida quem sabe com uma taça. A gente vem sendo campeão há 7 anos e isso é bem difícil. Fico feliz de ter essa oportunidade com o Grêmio. Fazer com a torcida não tem preço. O Grêmio tem o apelido de “Imortal” não é por acaso e a gente vai lutar até o final sempre”