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Com uma carreira estabelecida na Europa já há mais de 10 anos, Lucas Leiva olha para trás e não se desfaz das raízes gremistas, sempre lembrando com carinho, por exemplo, da inesquecível Batalha dos Aflitos em 2005, contra o Náutico, no jogo que recolocou o Grêmio na elite nacional.
Pelo contexto de dois pênaltis não convertidos pelo rival e quatro atletas expulsos de campo, Lucas coloca este jogo como o mais “marcante” da carreira:
“Foi o jogo mais marcante da minha carreira. Acho que vai ser difícil eu ter um mais marcante. Foi meu primeiro ano de profissional. (…) Uma decisão, Náutico já tinha perdido o pênalti, aí depois aconteceu tudo aquilo. Ali teve um pouco de sorte, obviamente. Seria impossível a gente vencer o jogo sem a sorte. Se o Grêmio tivesse permanecido na Série B, talvez minha carreira tivesse outro rumo”, comentou em entrevista ao jornalista Tino Marcos, da Globo.
Gremista assumido, Lucas mantém o desejo de voltar ao clube, mas não traça planos ou metas para isso, até pelo contrato vigente até 2022 com a Lazio. Mas admite que seria “bacana” vestir novamente a camisa do primeiro clube profissional:
“Tenho até que tomar cuidado de falar em voltar. Falei da minha vontade de voltar, e os torcedores ficaram bravos, falaram que eu ia voltar com cadeira de rodas (risos). (…) Acho que depois dos 30 você acaba não pensando muito no futuro, vai vendo ano a ano, como seu corpo está sentindo, e estou muito contente aqui na Lazio. Mas a saudade que eu tenho da família, de pessoas que deixei, voltar a jogar no Brasil é algo que sempre tive em mente. Não sei se vai dar tempo, mas quem sabe, em um futuro próximo, se eu sentir que não vou lá fazer feio, uma volta seria bacana. Mas é algo que não penso no momento”, concluiu.
No Grêmio, Lucas venceu a Série B de 2005 e os Gauchões dos dois anos seguintes, sendo também vice da Libertadores em 2007 antes da venda ao Liverpool.