
Após chegar com festa da torcida no Aeroporto Salgado Filho na última terça-feira, o atacante Rafael Borré concedeu a sua primeira coletiva de imprensa e foi apresentado ao lado dos principais dirigentes do Inter no Estádio Beira-Rio. O colombiano de 28 anos, que assinou vínculo até 2028, explicou a escolha pelo clube, despistou sobre uma data de estreia e elogiou o estilo de jogo implementado pelo técnico Eduardo Coudet:
Escolha pelo Inter
“Eu creio que, no princípio, era um pouco difícil tomar a decisão, pois a minha carreira estava focada em estar um tempo maior na Europa. Mas, quando conheci mais o projeto do Inter e quando falei mais com a direção, a conhecer os torcedores, me interessei mais nesta ideia de vir ao clube. Desde este momento, comecei a gostar da ideia. Foi muito importante o que os dirigentes foram me mostrando ao longo deste tempo. Há uma equipe muito bem construída, com jogadores de hierarquia e nome. São jogadores que podem dar muito ao clube. E um jogador sempre quer estar em um projeto assim, com bons colegas, boa mentalidade e boa ideia de jogo”
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Últimos meses
“Os últimos meses foram duros. Principalmente, na parte pessoal. Desde que o Inter me anunciou, era difícil estar em um lugar onde não seria igual a minha cabeça. Eu pensava no que viveria aqui, neste projeto de cinco anos. Em Bremen, eu estava emprestado e logo terminaria. O pensamento era estar no Inter. Foram meses difíceis. Sou transparente e transmiti isso aos dirigentes do Bremen. Poderia ter acontecido antes, mas aconteceu neste momento e agora posso ganhar tempo até que comecem algumas competições”
Parceria com Alario
“Com Lucas Alario, tive a oportunidade de conversar. Falamos várias vezes desde a sua chegada. Compartilhamos um pouco dos treinos e jogos. Ele me falou do clube, do dia a dia e para mim isso era muito importante. Com os dirigentes, conversávamos todo o tempo analisando como fazer para vir antes. Minha cabeça estava nisso, sabendo que não seria fácil. Mas os clubes tiveram uma boa relação e tudo se terminou bem”
Projeto esportivo do Inter e torcida colorada
“Desde o primeiro momento que senti o carinho da torcida, me interessei muito pelo clube, pelo projeto, pelos jogadores que já estavam. Soube das campanhas anteriores da equipe, como na Conmebol Libertadores do ano passado, fazendo grandes partidas. O projeto esportivo do Inter me motivou muito e a torcida também foi muito importante, tanto na hora de tomar a decisão como de vir um pouco antes”
Estilo de Coudet
“Conheço a ideia de Coudet, do que ele gosta, do estilo de jogo, do que ele implementa no time. É uma filosofia que nos agrada. Ter ex-jogadores do River pode ajudar na adaptação, mas obviamente tenho que conhecer os meus colegas e entrar nesse círculo do dia a dia para ter esse feeling em campo e conquistar grandes coisas”
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Liga brasileira
“Os brasileiros deveriam estar orgulhosos da liga competitiva que existe aqui. É verdade que tem muitas partidas e há equipes grandes e fortes. Isso faz a liga ser competitiva. Mesmo equipes grandes passam por momentos complicados. Em outras ligas, sempre predominam os mesmos times. Mas aqui no Brasil isso pode mudar. O domínio internacional dos brasileiros também está claro nas competições sul-americanas. Isso faz o jogador querer estar neste ambiente competitivo com grandes figuras. Isso fez parte da decisão de vir ao Inter”
Borré assistiu jogos recentes do Inter
“Quando você toma a decisão de ir a um clube, me agrada saber como joga o treinador e o time. Uma coisa é saber, outra é ver os jogos. Por isso pedi para ver as partidas. Vi o time de agora e também o que fez na temporada passada, que é a base do time de hoje em dia. Creio que isso pode ajudar na adaptação aqui. Por isso, para mim era importante ver o time antes de vir para conhecer mais o que vou encontrar”
Possível estreia de Borré pelo Inter
“Existe a ansiedade e gana de estar em campo pelo Inter, de poder começar a treinar e estar com os colegas. É importante que o corpo técnico possa decidir de boa forma. Há momentos para cada situação. O mais importante hoje em dia é o coletivo para conseguirmos nosso objetivo. É ter um pouco de calma para fazer ser especial cada situação”
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Opções no ataque
“É um lindo problema que vai ter Coudet. Mas serão muitos torneios e é bom ter jogadores de muita qualidade. Vai ser importante que todos estejamos preparados. O time vai precisar de todos. Para ganhar, todos precisam estar bem. Quando eu não for decisivo, vai ser Enner, Mauricio, Lucas Alario… importante é que todos se preparem. Em prol dos objetivos, vamos precisar de todos”
Clássicos
“Os clássicos são lindos. Cada país, cada cidade, os clássicos são especiais. Vi a partida passada contra o Grêmio. A forma de viver, de jogar, é muito disputado, especial. É algo que eu sentia que necessitava para minha carreira, para voltar a viver. Viverei com muito sentimento este tipo de partida especial“