Fiel ao seu estilo irreverente e provocativo, o treinador Renato Portaluppi voltou a dar uma “letra” para cima do Inter em entrevista concedida nesta quinta-feira ao Charla Podcast, no YouTube. Ele lembrou a ocasião em que, como jogador, ajudou o Flamengo a bater o colorado no Maracanã em 1987, ao lado do seu ídolo, Zico, pela decisão da Copa União.
Em seguida, Renato relembrou que “continuou batendo” no Inter anos depois na função de treinador – no Grêmio, onde brilhou como jogador, foram quatro passagens no comando da equipe: 2010 a 2011, 2013, 2016 a 2021 e 2022 a 2024.
“Eu jogando do lado do meu ídolo, o Zico, no Maracanã, casa cheia, em cima do meu maior rival. Quando foi no Rio Grande do Sul, os caras falaram: ‘Ainda bem que ele foi embora’. Mas continuei batendo neles. Depois como técnico continuei batendo (risos). Fazer o quê?”, afirmou Renato.
Simplesmente Renato Portaluppi. O pai do Sport Club 2006 pic.twitter.com/Q0oPdBjBjb
— Soccer News Grêmio (@soccergfbpa) February 20, 2025
Por que Renato saiu do Grêmio?
Nesta mesma entrevista, Renato Portaluppi revelou que havia avisado ao presidente gremista Alberto Guerra que não ficaria para 2025 logo depois da enchente, quando os jogos começaram a ser retomados no Rio Grande do Sul. O treinador, que recusou propostas de Santos e Vasco na virada de ano, reconheceu estar desgastado:
“Por causa da enchente. O Grêmio disputou Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores fora da Arena. O Grêmio é muito forte lá. Imagina o Botafogo não jogar no Maracanã e no Engenhão. E jogar em outro estado. Ficamos 40 dias em um hotel longe da família e tendo que dar resultado. As pessoas morrendo, passando fome, sem comida. Alguns achavam que era tudo normal”, salientou Renato, antes de acrescentar:
“Nesses 40 dias, não tive problema algum com os jogadores. Aí começaram a cobrar. Mas estou com a consciência tranquila. Tanto que depois da enchente eu procurei o presidente e falei: ‘Esquece, final do ano vou sair fora’. Já tinha comunicado a ele. Nada iria me segurar. Eu precisava de férias. Pelo desgaste”.