
Em entrevista concedida ao Charla Podcast, no YouTube, o ex-volante do Inter, Rodrigo Lindoso, revelou que quis ficar no clube em 2020 mesmo tendo recebido proposta para ir jogar no Corinthians. O motivo dado por ele, que era habitualmente reserva na época, foi por estar gostando do trabalho desempenhado pelo técnico argentino Eduardo Coudet, hoje comandante do Atlético-MG.
Lindoso abriu aquela temporada como titular jogando ao lado de Musto, especialmente nos jogos das fases prévias da Libertadores. Porém, perdeu a posição com o passar dos jogos quando Coudet “soltou” mais o time para a parte ofensiva.
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“Em 2020 eu não estava jogando sempre, entrava pouco, mas via o trabalho acontecendo com o Coudet. Achava maneiro o processo. Me sentia dentro do processo da equipe. O empresário ligou e falou do Corinthians, que sabiam que eu não estava jogando. Mas naquele momento achei melhor ficar. Tanto é que depois comecei a jogar de novo. Ganhamos uma porrada de jogos e viramos líderes do Brasileirão”, disse o volante.
Atualmente, Lindoso está sem clube desde que, no ano passado, acertou a sua saída do Ceará. Em relação ao término de sua passagem no Inter, ele contou na mesma entrevista que passou a se sentir sem espaço a partir da chegada de Alexander Medina, em 2022.
Relação de Lindoso com D’Alessandro
“Aprendi muito com o D’Alessandro por ele ser competitivo, correto, trabalhador para caramba. Era o que mais fazia, mais treinava. Chegava para cobrar quem quer que fosse. Eu tive discussões com ele em treino. Mas trabalho físico ele era o primeiro da fila. Além da qualidade dele e da liderança. O que ele tinha para falar soltava na tua cara”
Papo com Diego Aguirre
“Há uma hierarquia de pessoas acima de você que muda a sua vida. Mudou minha história no Inter. Eu, em 2021, estava terminando o contrato e não vinha jogando direito. Era o Aguirre o treinador. Eu p…, mas fazendo o meu. Um dia ele me chamou: ‘Acho que tu vai jogar contra o Flamengo, tu gosta?’. E eu disse: ‘Sim, eu odeio eles, é o que eu gosto’. Já tinha jogado no Rio. E ganhamos de 4×0 deles no Maracanã, com o Gabigol expulso. E eu ainda briguei com o Patrick com 4×0. Ele queria fazer mais gols, eu queria fazer os caras correrem”
Alexander Cacique Medina
“Renovei o meu contrato nesse final de ano e aí chegou o uruguaio, o Cacique Medina. Chegaram alguns volantes, mas eu treinando normal. E não vinha jogando. O dirigente era o Paulo Bracks. Outros dirigentes falaram comigo e disseram que eu faria parte da reformulação, porque eu já tinha demonstrado no clube e todos gostavam de mim. Mas chegou o treinador com visão totalmente diferente. Aí o Ceará veio forte. O Medina me deixou claro que eu era a última opção entre sete volantes. Com ele seria difícil jogar. Ia fazer cinco, seis jogos no ano. Por isso eu saí e fui pro Ceará, mas não me arrependo de nada”
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