
Poucos jogadores viveram momentos tão opostos no Grêmio como Bruno Cortez. De multicampeão entre 2017 e 2018 na Libertadores e na Recopa Sul-Americana, ele viveu o outro lado da moeda com o rebaixamento de 2021 e com as pesadas críticas de torcedores em sua reta final no clube. Ao jornalista Duda Garbi, no YouTube, ele recordou a relação com a torcida e falou dos erros que geraram a queda.
“Eu era mais um construtor de jogada, não ia muito na linha do fundo. Algumas vezes acertava, outras não. Mas eu lidava normal com as críticas. As críticas fazem você evoluir. No Grêmio, fui criticado e nunca fui de ficar chateado. Faz parte. As pessoas só cobram quem tem potencial para dar. Se eu não tivesse, não teria ficado cinco anos conquistando no Grêmio e não passeando”, disse Cortez, antes de acrescentar:
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“Eu acho assim. Não mandava o Renato embora. Ele estava afastado por Covid e não voltou. Todo treinador precisa de tempo e no futebol brasileiro não se dá, só se for estrangeiro. Aí pode perder cinco, seis jogos. Só se valoriza o de fora. O Tiago Nunes chegou e eu gostava do trabalho dele, mesmo sendo reserva. Quem jogava era o Diogo Barbosa, mas ele deixava todos em alto nível para treinar. Aí vem o Felipão, depois vai embora. Como um time vai se manter mandando quatro treinadores embora?”.
Felipão deu a real para o grupo do Grêmio, lembra Cortez
Após um péssimo início de Brasileirão com Tiago Nunes, o Grêmio apostou na volta de Felipão para tentar evitar a queda. Cortez lembra que, certa vez, Scolari reuniu todo o grupo e esbanjou uma sinceridade que surpreendeu os atletas:
“O Felipão tentou arrumar a casa, mas também não conseguiu. Com o Felipão, a história é a seguinte. Me lembro como se fosse hoje. Ele nos disse: ‘Gente, a gente não tem time para brigar lá em cima e o nosso time tem que brigar contra o rebaixamento’. E todos os jogadores se olhando assim. Só que ele não estava mentindo. Naquele momento, a equipe não deu liga”, lamentou.
Cortez atuou com a camisa do Avaí na última temporada e voltou a ser rebaixado. Ele não acertou a permanência em Santa Catarina para 2023.
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