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Ex-árbitro, Márcio Chagas ataca FGF e se revolta após ausência de punição por caso de racismo no Gre-Nal: “Vocês são uma piada”

Antigo árbitro gaúcho fez um forte protesto em vídeo através das suas redes sociais

O ex-árbitro gaúcho Márcio Chagas da Silva publicou uma forte crítica à Federação Gaúcha de Futebol acusando a entidade de ser “conivente” com o racismo nos estádios. Sua reclamação se baseia na ausência de punição após um torcedor do Grêmio ter sido flagrado fazendo gestos de macaco durante o Gre-Nal adiado, ainda no final do mês de fevereiro, no Beira-Rio – veja aqui a cena.

“Eu queria parabenizar a Federação Gaúcha de Futebol que manteve a lógica. No Dia Internacional de Combate ao Racismo, absolveu o torcedor gremista identificado com gestos aos torcedores do Inter simbolizando um macaco. Quer racismo maior que isso? Por quase unanimidade, o torcedor e o clube foram absolvidos. Diferentemente do Brasil de Pelotas, que há um mês também teve um torcedor identificado e punido pelo mesmo gesto”, disparou Chagas, antes de acrescentar:

“O racismo na Federação Gaúcha de Futebol é seletivo, porque quando é no interior é diferente de quando acontece na capital. FGF, vocês são uma piada. Vocês alimentam o racismo. Ele acontece nos estádios porque vocês são coniventes e compactuam com isso. Não adianta chegar novembro e convocarem negros para entrar na entidade, porque vocês são racistas”.

De acordo com o UOL, o TJD-RS concordou que o fato demonstrado era racismo, mas não puniu o Grêmio por se tratar de caso individual e por demonstrar ter tido dúvida a respeito da data da realização do vídeo.

Em relação à responsabilização pelo ataque ao ônibus do Grêmio no mesmo dia, o Inter foi punido no valor de R$ 100 mil por deixar de garantir segurança ou tomar providências para prevenir desordens. A outra punição ao Inter foi na questão do arremesso de cadeiras entre as torcidas. Houve discordância dos auditores do TJD-RS na votação, mas o time colorado acabou punido com R$ 50 mil, enquanto o Grêmio acabou absolvido por falta de provas.

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