
Ainda com o peso das faixas dos títulos da Libertadores e do Mundial na condição de presidente do clube, Fernando Carvalho retornou ao Inter em caráter emergencial em 2016 para tentar livrar o time do inédito rebaixamento. Ele atendeu ao pedido do então mandatário Vitorio Piffero, mas acabou falhando na missão – missão essa que foi detalhada por ele próprio em entrevista ao podcast Dus 2.
“Qual era o meu papel em 2016? Mobilizar externamente a torcida, apaziguar o clube politicamente e tentar mobilizar internamente o grupo. Consegui acalmar a oposição, tivemos um período de trégua. A torcida se mobilizou. Só não conseguimos mobilizar adequadamente o grupo. Não teve efeito. Para tanto, eu precisava criar fases de efeito, como por exemplo a SWAT. Em vários momentos disse que o Inter não iria cair. Mesmo que eu tivesse a ideia interna de que a coisa estava feia, eu tinha que dizer aquilo. Se eu digo que vai, desmorona tudo. São ações que o dirigente precisa tomar”, declarou.
Carvalho entende que o time de 2016, que tinha nomes com Alex, Danilo Fernandes, Dourado e Vitinho, não era ruim o suficiente para cair:
“Não era um time de maus jogadores, mas se abateu em demasia. Não me arrependo do que faço. Errei no que fiz, se não teria salvo. Mas da minha decisão de voltar ao clube eu não me arrependo”, ampliou.
Em um outro trecho da entrevista, Carvalho foi perguntado sobre quais jogadores que passaram pelo Inter mereciam ter vencido grandes títulos e não conseguiram. Ele citou o ex-goleiro André e o ex-zagueiro Vinícius:
“Tem vários, seria injustiça citar um ou outro. Tem o nosso ex-goleiro André, que jogou na década de 90 e depois voltou, tem o Vinícius, zagueiro, que foi campeão gaúcho, mas não ganhou coisas mais importantes”, finalizou.