
Um dos principais reforços da era Alessandro Barcellos na presidência do Inter foi para fora das quatro linhas e atende pelo nome de Gustavo Grossi, gerente da base colorada e trazido para reformular as divisões inferiores do clube. O que não quer dizer que ele não esteja atento aos temas do time profissional e das escolhas feitas na temporada de 2021.
Ao podcast Dividida, do UOL, Grossi avaliou a chegada do espanhol Miguel Ángel Ramírez ao Inter e quais foram seus equívocos no trabalho que durou 100 dias:
“Era um treinador que muitos times do Brasil quiseram contratar depois da Copa Sul-Americana, de fazer um trabalho no Independiente Del Valle muito chamativo, com uma proposta muito interessante. Aqui no Brasil não se pode trocar as coisas de um dia para o outro, o futebol, uma das quatro ligas mais importantes do mundo, tem uma cultura e uma ideia de jogo que se pode mudar aos poucos, devagar, Miguel decidiu acelerar esse processo”, declarou.
Para Grossi, a vantagem do atual comandante Diego Aguirre é, principalmente, já ter um conhecimento prévio do clube:
“O clube também tinha uma ideia de jogo de mudar talvez rapidamente algumas coisas e não deram certo por uma combinação de coisas ligadas a esse conhecimento específico de coisas que não são apenas dentro do campo, são coisas que têm que ver com a história do futebol, o perfil dos estados, a imprensa da cidade, um monte de coisas que Aguirre agora conhece muito bem, porque tem uma segunda passagem pelo clube, e a partir deste conhecimento, do clube e tudo o mais, tudo se equilibra”, complementou.
Elogiado por Grossi, Diego Aguirre tem contrato válido com o Inter até o fim de 2022, mas é um dos nomes cotados para substituir Óscar Tabárez no Uruguai.