
A derrota de 3×1 para o América-MG fora de casa no último sábado ampliou a pressão em todos os setores do Grêmio, desde os jogadores ao presidente Romildo Bolzan Jr, mas passando também pelo técnico Vagner Mancini, que somou o seu quinto revés em sete jogos desde a chegada. Até segunda ordem, a garantia da direção – expressada nas palavras do vice de futebol Denis Abrahão – é de que o treinador não irá deixar o clube.
No dia seguinte à derrota em Minas Gerais, o dirigente revelou ter tido uma conversa franca com Mancini, que garantiu que se vê em totais condições de “tirar mais” do atual grupo de atletas do Grêmio:
“Eu perguntei hoje pro Vagner: ‘Tu acha que tem condições de tirar mais com esse grupo de trabalho?’. Ele olhou pra mim e disse: ‘Não acho, eu tenho certeza’. Pra mim basta a palavra de um homem de caráter como é o Vagner. Vamos em frente”, disse Abrahão ao jornalista Jeremias Wernek.
Pelo que disse o vice de futebol, a única chance de Mancini sair antes do final do Brasileirão é se o presidente Romildo Bolzan Jr tomar a iniciativa:
“Se depender de mim, ele fica até o fim. Mas eu também não sei se eu fico. O presidente pode não gostar do trabalho e me demitir. Eu saindo, o Vagner perde força. E talvez mude tudo. Mas duvido que isso aconteça. A minha relação com o presidente é excelente. Assumi o Grêmio porque eu amo o Grêmio, mas também porque tenho um carinho especial pelo presidente. E eu sigo achando que posso ajudar”, acrescentou.
Em 19° lugar com 29 pontos e com mais de 90% de chances de ser rebaixado segundo cálculos matemáticos, o Grêmio volta a jogar nesta terça, 18h, em casa, frente ao Bragantino.