
Suspenso por dois anos do futebol por conta do envolvimento em manipulação de resultados, o zagueiro Paulo Miranda, ex-Grêmio, está liberado para jogar e aguarda propostas para seguir a carreira. Hoje com 36 anos, ele concedeu entrevista ao canal do Cartolouco no YouTube e admitiu ter vivido momentos difíceis ao ser impedido de praticar a profissão.
“Muita alegria, muita alegria mesmo. Dá vontade de chorar. Esses dois anos não foram fáceis. Eu estava no Náutico, foi uma loucura. As pessoas falavam que eu já tinha encerrado a carreira. Eu estava com 34, hoje tenho 36. Mas eu não poderia parar desse jeito. Me chavam de bandido, aposentado, de jogador de aposta. Isso vai te afetando. Eu fiquei dois ou três meses sem ver nada na internet”, disse o jogador.
- Grêmio publica comunicado após término da reunião de Guerra e Felipão na CBF
- Herança de Quinteros: Mano alertou jogadores do Grêmio para “se cuidarem” com a mudança
Ex-zagueiro do Grêmio entre 2018 e 2021, Paulo Miranda foi pego participando de esquema onde deveria forçar cartão amarelo atuando pelo Juventude em troca de dinheiro pago por apostadores. Depois do time de Caxias do Sul, ele ainda atuou no Náutico no primeiro semestre de 2023 – seu último jogo foi em abril daquele ano.
“Era muita tristeza. Olhava pela janela do apartamento e pensava: ‘Se eu pular daqui, será que machuca?’. Eu estava no começo de depressão. Eu queria apoio de amigos, mas muitos se afastaram. Espero que os jovens de hoje em dia não façam e sejam fieis ao futebol. Eu me arrependi muito. Pra mim, tirei um peso das costas”, disse Paulo.
O carinho de Paulo Miranda pelo Grêmio
Na mesma entrevista, Paulo Miranda mostrou carinho pelo Grêmio e ainda lamentou a gafe na sua apresentação, quando disse que a melhor zaga era a do… Inter.
“Foi muito legal jogar no Grêmio. Apesar que eu cheguei quebrando. Soltei na coletiva que a melhor zaga do mundo era do Inter. Passaram uns segundos… o que me deu na cabeça? Eu ia ser o primeiro cara contratado e mandado embora no mesmo dia. Mas depois em campo fui bem. Não posso deixar que essas coisas das apostas desmanchem minha carreira ou a minha formação como jogador. Quero parar por cima”, finalizou.