
Nos últimos dois jogos, a bola parada consolidou-se como uma das principais armas do Internacional sob o comando de Roger Machado. Na Libertadores, contra o Nacional do Uruguai, dois dos três gols no empate em 3×3 nasceram dessa estratégia: Alan Patrick marcou de pênalti, enquanto Fernando balançou as redes com uma cabeçada após cobrança de escanteio.
Já na vitória por 3×1 sobre o Juventude, a eficiência nas jogadas de bola parada foi ainda mais evidente, sendo responsável pelos três gols da equipe. Esse trabalho tem ganhado destaque e se tornado uma marca registrada do elenco colorado.
Durante a coletiva deste sábado, Roger Machado destacou o foco em sincronizar a batida de escanteios com o posicionamento ofensivo dos jogadores. Para ele, os ajustes realizados têm sido fundamentais para o sucesso da equipe em momentos decisivos: “Treinamos um volume alto de bolas aéreas, tanto ofensivas quanto defensivas. Isso cria o hábito e ajuda os jogadores a anteciparem os espaços e sincronizarem os movimentos. Hoje, conseguimos traduzir isso em gols”.
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Repetindo o desempenho contra o Nacional, quando Alan Patrick deu assistência de escanteio para Fernando marcar de cabeça, neste sábado ele brilhou ao conceder três assistências originadas em cobranças de escanteio. Victor Gabriel marcou os dois primeiros gols e saiu de campo sorridente, enquanto Borré fechou a goleada de 3×1 do Inter. Após o jogo, Victor Gabriel, destaque com dois gols, elogiou o companheiro Alan Patrick, chamando-o de “um cara mágico.”
Na coletiva passada, Roger Machado já havia elogiado Alan Patrick: “O Alan é um dos nossos principais cobradores. Ele consegue colocar a bola onde precisamos, o que sincroniza todo o movimento do grupo. Sua contribuição tem sido essencial para traduzir as oportunidades em gols”.

Além de Alan Patrick, Victor Gabriel também foi um nome importante na vitória sobre o Juventude, reforçando sua relevância nas jogadas de bola parada. Elogiado por Roger Machado como um “fenômeno na bola aérea”, o atacante vem se consolidando como peça-chave no esquema do time.
“O Victor é um fenômeno na bola aérea. Acho que ele já tinha feito, esse é o quarto ou o terceiro gol. Ele fez em Bagé também. É um fenômeno, tanto ofensivamente quanto defensivamente na bola aérea”.
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A importância tática da bola parada
O Internacional tem enfrentado dificuldades na criação de jogadas com bola rolando em partidas recentes, especialmente contra adversários mais compactos e bem organizados defensivamente. Roger Machado reconheceu que, nesse contexto, a bola parada tornou-se uma ferramenta essencial para abrir o placar: “Quando o jogo está truncado e os adversários fecham os espaços, a bola parada pode fazer a diferença. Nós temos bons cabeceadores, e isso nos deu vantagem hoje”.
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Próximos desafios do Inter
Com um calendário intenso, o Internacional deverá continuar aproveitando a eficácia das bolas paradas para garantir bons resultados. O próximo desafio será contra o Maracanã-CE, pela Copa do Brasil. No entanto, a equipe pode ter um desfalque significativo: o centroavante Borré, que entrou no segundo tempo, sentiu uma lesão na coxa e precisou retornar ao banco de reservas. A situação do jogador ainda será avaliada, mas sua ausência pode representar um impacto na estratégia ofensiva do time.