Com mais dois anos e meio de mandato como presidente do Inter pela frente, Alessandro Barcellos reconhece a necessidade de seguir reformulando algumas áreas do clube, como o futebol, mas indica que fará isso com cautela e não de forma abrupta, conforme revelou em entrevista neste domingo à Rádio Guaíba.
Uma “limpa” no elenco vem sendo cada vez mais defendida pela torcida, que, em geral, entende que alguns dos mais experientes do grupo não dão resposta nos momentos decisivos em campo.
O atual Inter vem, de fato, de decepções em momentos importantes, como a final da Copa do Brasil de 2019 contra o Athletico, a partida decisiva em casa contra o Corinthians no Brasileirão de 2020, diversos Gre-Nais e mais recentemente a queda para o Olimpia na Libertadores.
“Não é nesse momento que se faz uma reavaliação. O Inter é grande, disputa grandes torneios e em 100% do seu tempo está sendo avaliado. Há mudança de perfil, mudança de gestão que estamos implementando, e que nisso há acertos e erros, mas existe uma necessidade de sair daquilo que estava sendo feito. Algumas rupturas com mais radicalidade, outras menos. Não tivemos muito tempo para trabalhar algumas mudanças”, disse Barcellos.
Um outro ponto levantado pelo presidente colorado é o tempo contratual de jogadores do elenco. Lomba, Lindoso e Guerrero têm vínculos somente até dezembro. Edenilson, Dourado e Cuesta têm contratos mais longos, enquanto Patrick acabou de renovar até 2023.
“Também é preciso considerar a questão legal dos contratos dos profissionais. Esta diferença de tempo o dirigente precisa saber trabalhar para que se reestabeleça um ritmo de vitórias e conquistas”, acrescentou.
No primeiro jogo desde a queda para o Olimpia, o Inter voltou a fracassar e perdeu de 2×1 fora de casa para o Athletico, ficando em 13° com 14 pontos no Brasileirão. No sábado, em casa, 20h, o rival é o Cuiabá.