Cerca de seis meses após a novela de sua possível saída antecipada do Grêmio, Luis Suárez se dirigiu ao presidente Alberto Guerra e o agradeceu por ter batido o pé insistindo na sua permanência pelo menos até dezembro de 2023. A revelação foi feita pelo repórter Marco Souza, do jornal Zero Hora, em reportagem especial que trouxe até a íntegra de uma carta escrita pelo jogador em junho pedindo a ruptura do contrato.
A frase final de Suárez para Guerra aconteceu depois do jogo contra o Fluminense, no Maracanã, na última rodada do Brasileirão. Após fechar o ano em alta, sendo destaque na campanha do vice do Brasileirão, o artilheiro agradeceu ao mandatário do Grêmio.
“Antes de deixar o Brasil, após o jogo contra o Fluminense, no desfecho da Série A, no mesmo vestiário do Maracanã onde disse “no puedo más”, Suárez e Guerra travam um diálogo em tom diferente do ocorrido em 11 de junho. — Obrigado por não ter me deixado sair — agradece o jogador ao presidente gremista”, diz matéria de Marco Souza nesta semana.
Suárez, mesmo fechando 2023 em grande fase, decidiu manter a sua ideia de não continuar no Brasil defendendo o Grêmio. E, semanas depois, acertou com o Inter Miami, dos Estados Unidos, para jogar ao lado do amigo inseparável Lionel Messi. Recentemente, ele renovou com os norte-americanos por mais uma temporada.
A carta de Suárez ao presidente do Grêmio
Em junho, logo no começo da longa novela, Suárez escreveu uma carta afirmando não ter mais condições de jogar por causa do joelho e pedindo a Guerra a ruptura do acordo contratual. O jornal Zero Hora obteve a íntegra do conteúdo:
Após as conversas mantidas durante mais de um mês com a direção executiva e desportiva do clube e face à impossibilidade de poder continuar a jogar e atuar no futuro nas condições para as quais fui contratado, em consequência dos desgastes no joelho que tenho sofrido e que os serviços médicos do clube puderam atestar, proponho chegar a um acordo para rescindir o contrato atual por mútuo acordo, com a intenção de que o clube não seja obrigado a arcar com o custo do meu salário e do pagamento pela exploração dos meus direitos de imagem.
Tendo em conta que, como podem atestar os médicos do clube, o meu joelho necessita de um período de descanso indeterminado para não sofrer consequências irreparáveis no futuro, acredito que resolver o contrato por mútuo acordo é a opção mais justa para ele.
Da mesma forma, como venho afirmando, estou disposto a que o clube continue explorando minha imagem no Brasil, sem receber qualquer remuneração, pelo prazo inicialmente previsto no contrato em relação a todos os produtos de merchandising ou equivalentes que o clube possua atualmente ou poderá ter no futuro no mercado brasileiro.
