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Uendel escreve carta de despedida, relembra família colorada e concorda com críticas: “Do lado individual, fiquei abaixo”

Experiente lateral-esquerdo de 32 anos participou de 131 jogos com a camisa do Internacional

Depois de 131 jogos com a camisa do Inter, o lateral-esquerdo Uendel se despediu oficialmente através de uma carta enviada por sua assessoria nesta sexta-feira. O atleta de 32 anos estava no Beira-Rio desde 2017 e, antes de embarcar para jogar no Cuiabá, admitiu que ficou devendo do lado individual.

Titular durante grande parte de sua trajetória no Beira-Rio, ele destacou alguns resultados coletivos, mas também admitiu que ficou faltando um grande título. O lateral citou a Copa do Brasil de 2019 e o Brasileirão de 2020 como “duas grandes oportunidades”.

Além de demonstrar entender as críticas da torcida, Uendel revelou novamente ter toda a família colorada e lembrou que foi até chamado de “louco” quando trocou o Corinthians para jogar no Inter exatamente no ano da Série B.

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Leia a carta de Uendel:

“Na minha infância, uma lembrança que me marcou eram as tardes de domingo, eu com meu pai no sofá. TV ligada em alguma partida e o jogo do Inter no rádio. Agora imagina você crescer, fazer um teste no Criciúma, virar jogador profissional, ser campeão brasileiro e quando tudo estava encaixado receber um convite para jogar no time da família. Não poderia deixar esse sonho escapar.

Muitos me chamaram de louco por deixar o Corinthians para vir para o Inter no momento difícil da história do clube, mas para mim era a oportunidade que estava esperando, talvez não tivesse nunca mais essa chance. Para mim pouco importava se estava na A ou na B, para mim era o Inter.

Foram quatro anos, 131 jogos.

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Desde que cheguei o clube se mostrou o que eu sempre imaginava: uma potência. Vestir a camisa colorada num Beira-Rio lotado, vencer um Gre-Nal em casa, experiências únicas e inesquecíveis na vida de um atleta.

Esportivamente falando, do lado coletivo, foram bons quatro anos. Subimos a equipe, que era o primeiro passo. O segundo seria recolocar o Inter como grande força do futebol brasileiro, e eu acredito que conseguimos. Nos faltou um título, falhamos em duas grandes oportunidades.

Do lado individual, acredito que fiquei abaixo do que eu poderia dar e também do que o clube merecia. Altos e baixos que me frustraram tanto quanto o torcedor mais apaixonado. Mas nunca faltou doação, entrega e respeito com essa camisa. No dia a dia sempre tentei ser um bom exemplo de profissionalismo e caráter.

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As mensagens de carinho que recebi nas últimas horas mostram que trilhei um caminho correto no clube. Aos torcedores meu muito obrigado, entendo todos os elogios e críticas. O torcedor é passional, ama o Inter acima de tudo e apenas quer o melhor para o clube do coração.

Obrigado a diretoria e staff por todo carinho e tratamento que me deram nesses quatro anos. Aos jogadores e amigos um fraterno abraço e obrigado pelo apoio em todas as situações, e pela amizade nesses quatro anos. Agradeço e sigo para um novo desafio, muito motivado para fazer uma grande temporada.”

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