O Brasileirão de 2008 voltou a ser tema recente na imprensa gaúcha a partir de uma forte entrevista do meia Souza ao Bola Nas Costas, da Rádio Atlântida, culpando a “teimosia” de Celso Roth pelo vice-campeonato – surpreendente na campanha, o tricolor chegou a abrir 11 pontos do São Paulo, que viria a ser o campeão.
Nesta quinta-feira, ao mesmo programa, Roth evitou polêmicas com o meia e fez as suas considerações:
“Hoje dá para dizer que era um “baita” time o de 2008, né? Mas na época não era. Tanto que eu comecei o campeonato demitido, tendo que ganhar. Ficamos 45 dias criticados pelas derrotas no Gauchão e na Copa do Brasil. E tinha que ser criticado mesmo, faz parte”, disse o treinador, antes de continuar:
“Eu adoro o Souza, de verdade. Tenho um carinho grande por ele. Mas se vocês forem lembrar, o Souza demorou a se tornar titular do Grêmio. Teve dificuldades para se firmar. E um treinador tem o compromisso com o todo. Com respeito às suas declarações, eu treino um grupo, não o Souza”, argumentou.”
As alegações de Souza
Para o meia, ainda em atividade no Murici, de Alagoas, Roth insistia em trabalhos físicos mesmo no segundo turno do campeonato, quando outros times já estavam dosando essas atividades e focando apenas nos jogos.
“O Celso é um cara muito teimoso. No segundo semestre daquele ano, todas as equipes que estavam atrás da gente deram folga aos atletas. E alguns jogadores foram falar com o Celso que estavam cansados, para dar um descanso. No outro dia, teve um (treino) físico tremendo. Então, a equipe fazia um primeiro tempo primoroso e, no segundo tempo, caía de produção. Ele pensou que a gente queria se intrometer no trabalho dele. Então, eu coloco o peso de não ter chegado (ao título) na teimosia do Celso e muito treinamento quando era hora de dar descanso aos jogadores”, opinou.”
Figura conhecida do futebol gaúcho, Celso Roth segue sem clube desde que deixou o Inter faltando três rodadas para o fim do Brasileirão de 2016, que marcou o inédito rebaixamento colorado.