STJD julgará Vitão e Inter teme possível suspensão

O Inter vive dias de tensão com o possível desfalque do zagueiro Vitão, titular da defesa e peça-chave do técnico Roger Machado. O jogador será julgado nesta quinta-feira (31) pelo Pleno do STJD, que analisará o recurso apresentado pelo clube gaúcho após a punição de dois jogos por conta das críticas feitas ao árbitro Paulo Cesar Zanovelli, na derrota para o Corinthians, em 3 de maio.

Declaração polêmica e efeito suspensivo

Naquele confronto, o Inter perdeu por 4 a 2 e saiu revoltado com a arbitragem. Após o apito final, o zagueiro não poupou palavras:

“A gente sabe que aqui é sempre assim. Nosso time vinha de uma sequência boa, mas aqui a gente joga sempre contra 12. É sempre assim. Nunca que aquilo que o Bruno Henrique fez foi falta para segundo amarelo. No gol anulado, o Yuri Alberto já tinha tomado cartão e tinha que tomar outro para ser expulso. O lance do pênalti no Wesley o VAR nem chamou para olhar. Botam esses árbitros c… para apitar aqui e aí é sempre assim. Vai ser sempre 12 contra 11 nesta porcaria”, esbravejou Vitão em matéria divulgada pelo Zona Mista à época.

A frase reverberou intensamente na imprensa e nas redes sociais. O clube imediatamente acionou o departamento jurídico, que obteve efeito suspensivo da pena, permitindo que o zagueiro atuasse contra Vitória, Ceará e Santos após o Mundial de Clubes.

Mas o prazo da medida está prestes a expirar, e o julgamento pode trazer consequências diretas na escalação do Inter nos próximos compromissos.

Risco de desfalques e sequência decisiva

Se a suspensão for confirmada, Vitão ficará fora dos confrontos contra o São Paulo (3/8) e Bragantino (9/8), justamente em uma fase de ajustes defensivos. No último domingo (27), o zagueiro já esteve ausente contra o Vasco, por conta do terceiro cartão amarelo.

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Ainda assim, ele está confirmado para enfrentar o Fluminense, nesta quarta-feira (30), pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Repercussão entre comentaristas: Fabiano Baldasso x Neto

O ex-jogador e apresentador Neto da TV bandeirantes criticou o jogador pelas declarações ao final do jogo:

“Porcaria, Vitão, é você! Zagueiro com cintura de ovo, correndo pra trás, uma verdadeira porcaria. Você que não ficou no Palmeiras, que não sabe arcar no contrapé, que ficou feito uma barata tonta na hora do lance do Bidu! Enquanto você volta de ônibus, o Yuri Alberto volta de Lamborghini”, declarou.

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A declaração de Vitão gerou ondas na mídia esportiva. O jornalista Fabiano Baldasso saiu em defesa do atleta:

“Porcaria, seu Zé Ruela, é o senhor. Que dá discurso todos os dias sobre as coisas injustas e não dá o direito do Vitão fazer o mesmo. Porcaria é o senhor silenciar historicamente quando o seu time do coração ganha campeonatos roubados em situações que o Inter quase sempre está envolvido. Talvez a paciência do Vitão vestindo essa camisa tenha acabado. 2005, 2009 e 2020. Esses anos trazem alguma lembrança ao senhor? Seu porcaria, seu Zé Ruela”, disparou Baldasso.

A troca de opiniões inflamou torcedores, dividindo o público entre quem apoia a sinceridade de Vitão e quem cobra mais controle emocional dos jogadores.

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Sobis elogia Vitão por crítica à arbitragem

O ex-jogador e ídolo do Inter, Rafael Sobis em participação no canal 4D Esportes, do qual é comentarista valorizou a postura enérgica de Vitão, zagueiro do Inter:

“Vitão, pra ti, palmas. Tu falou o que 90% dos times e dos jogadores que jogam ali gostariam de falar. Não tem problema se for punido. Claro que seria uma perda muito grande, mas mostrou coragem. E tinha que ter falado isso mesmo. É uma palhaçada. Vitão, estou contigo, 90% dos jogadores pensam igual a ti, mas só tu teve coragem de falar”, disse Sobis.

Alternativas e expectativa no Beira-Rio

O Internacional já trabalha com planos alternativos para o setor defensivo. O nome de Kaique Rocha aparece como provável substituto, caso a suspensão se confirme. Internamente, o clube torce por uma absolvição parcial ou por uma nova decisão que permita a utilização do atleta nos jogos seguintes.

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O caso Vitão é mais do que uma punição individual — ele reacende o debate sobre arbitragem, liberdade de expressão e o peso das palavras no futebol brasileiro.