Até que o caso da invasão e quebra-quebra de torcedores na Arena após a derrota para o Palmeiras seja julgado, o Grêmio terá que jogar sem torcida tanto em casa como visitante no Brasileirão. Isto porque o STJD acolheu a liminar proposta pela Procuradoria-Geral, que denunciou o clube com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de invasão de campo, e também no artigo 211 por “deixar de manter o estádio com estrutura necessária para garantir segurança”.
Na repercussão da decisão do STJD na tarde desta quarta-feira, dia em que o time visita o líder Atlético-MG à noite, o vice-jurídico do Grêmio, Nestor Hein, ironizou em entrevista à Rádio Bandeirantes a sua relação conflituosa com o presidente do órgão, Otávio Noronha.
“Dado ao amor profundo que o STJD nutre pelo Grêmio já era esperado. O que eu não esperava era que esse processo fosse examinado pelo presidente do STJD, pelo Dr. Noronha, porque ele tem inimizade pessoal comigo. Ficou péssimo pro Grêmio”, admitiu, antes de garantir que todos os invasores de domingo foram identificados.
Um dos trechos do despacho da decisão do presidente do STJD diz o seguinte:
“Sendo esse em suma, o nefasto clima que gravita atualmente sobre a torcida do Grêmio, noticia com justificada apreensão a Procuradoria de Justiça Desportiva, que a agremiação tem ainda pela frente, alguns jogos válidos pelo torneio, onde é razoável cogitar-se que novamente se poderá instaurar nos estádios, caso nada seja feito para se evitar, uma verdadeira praça de guerra, em detrimento à segurança de torcedores e profissionais envolvidos no evento”.
Na prática, o Grêmio já não terá torcedores no clássico Gre-Nal de sábado no Beira-Rio nem contra o Fluminense, na Arena, na terça-feira.