Presente na Vila Belmiro neste domingo para acompanhar Santos 2×2 Inter, o empresário, investidor e conselheiro colorado Delcir Sonda conversou com o repórter Saimon Bianchini, da Rádio Gaúcha, sobre a sua atuação no futebol e o sonho distante da possibilidade de virar presidente do clube.
Na última eleição, Sonda entrou como conselheiro, embora admitisse que a sua ideia era poder presidir o clube já em janeiro deste ano. Uma questão regulamentar, de tempo mínimo dentro do Conselho, impedia que ele pudesse ser lançado como candidato.
“O meu sonho de ser presidente era para ser no ano que passou. Foi o Barcellos que assumiu. Mas, com a pandemia, com meu irmão com problemas de saúde, não pude largar a gestão do grupo. Vamos aguardar para ver o que vai acontecer na minha empresa. Ela vem em primeiro lugar. Futebol é minha paixão”, disse Sonda.
Também por lei, o empresário não tem feito novos investimentos no futebol, mas, em 2018, ajudou o Inter ao perdoar uma dívida de cerca de R$ 25 milhões.
“Hoje a minha empresa é uma S.A. É um grupo, e o futebol não faz parte. Eu estou há cinco anos sem investir no Inter. Fiz bonificações, uma delas de R$ 25 milhões, na minha pessoa física. Agora, a empresa hoje está com dificuldades de ter os recebíveis que você não consegue. Você coloca dinheiro bom e não consegue receber as devoluções”, lamentou.
Sonda avalia time e revela conversa com Barcellos
Em relação ao que viu do Inter na Vila Belmiro, principalmente no primeiro tempo, Sonda não gostou e sentiu falta de “velocidade e posse de bola”. Ele coloca a classificação à Libertadores de 2022 como praticamente uma obrigação do clube.
“O Inter é minha paixão. Acho que foi um jogo interessante, mas não acho que o Inter tenha feito um bom jogo. Poderíamos ter a oportunidade de buscar os três pontos. Faltou mais velocidade, posse de bola. Primeiro tempo muito ruim. Conversei com o presidente Barcellos. As dificuldades são grandes. Mas temos que melhorar pra buscar pelo menos uma classificação à Libertadores”, declarou, antes de dar detalhes da conversa que teve com o atual presidente Alessandro Barcellos no intervalo da partida:
“Conversamos sobre a gestão. Os problemas existem, não é fácil. Os clubes brasileiros sofrem com dívidas. Mas estou tentando fazer alguma coisa junto com o Conselho. As coisas são devagar até pela situação da pandemia. Não tem encontro, é tudo por live. E não tem torcida, não tem receita, não tem nada. É difícil administrar”, finalizou Sonda.