
Apesar da temporada de 2015 ter sido de resultados regulares como no título do Gauchão e na campanha semifinalista da Conmebol Libertadores, o agora ex-meia Andrés D’Alessandro já sentia ali que as coisas não iam bem no clube. Na época, a administração do ex-presidente Vitorio Piffero, que mais tarde seria alvo de investigação por desvio de dinheiro, não era do agrado dos jogadores e o resultado acabou sendo o pior possível no fim de 2016.
D’Alessandro já não estava mais no clube, tendo tomado a decisão de ir jogar por empréstimo no River Plate no começo de 2016. Mas, em recente em entrevista à Rádio Gaúcha, o argentino declarou que o clube não estava organizado e que várias vezes ninguém da diretoria acompanhava os treinamentos:
“Em 2016, em nível de direção, foi tudo errado. Não posso dar detalhes. Fui cobrado já por isso, mas não posso externar coisas do vestiário. Eu estando lá dentro, sentia que o troço não estava organizado. Sabe quando o ambiente não é bom? Quando não existe preocupação pelo dia a dia, quando chega ao treino e não tem ninguém da diretoria. E outras coisas que não tenho como falar”, lamentou D’Ale.
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Após a confirmação do rebaixamento em dezembro de 2016, D’Alessandro terminou o contrato de empréstimo que mantinha com o River Plate e voltou ao Inter para auxiliar na Série B. Depois, seguiu até 2020, quando aceitou convite do Nacional, do Uruguai. Confira mais falas de D’Alessandro nesta entrevista:
Gosto por gestão
“Fiz cursos e nunca é ruim fazer. Penso que isso é conhecimento. Fiz curso de gestão, de treinador, mas estou conversando com pessoas. Hoje (sexta) de manhã conversei com o Fernando Carvalho, a gente fala uma ou duas vezes por semana sobre gestão”
O dia seguinte à aposentadoria
“O que facilitou a segunda-feira para mim? Ter meus amigos do bairro aqui no Brasil. Minha mãe foi embora na segunda de manhã, mas meus amigos ficaram. Peguei eles e fomos para a praia. Se ficasse aqui, iria quebrar a cabeça. Pegamos o carro e fomos para a praia, onde não tinha ninguém. Só um pessoal pescando”
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Futebol jogado em campo
“O futebol, claro, requer saber jogar bola primeiro. Não adianta apenas correr, isso eu concordo, mas no decorrer do caminho, pela evolução do jogo, o treinador enxerga outras coisas. Se tiver dois jogadores de características parecidas, um com mais qualidade e outro com menos e o com mais não quiser correr, acompanhar o volante, fazer a função, a sombra no volante, o treinador vai escolher o outro”