Dos três títulos consecutivos do Brasileirão pelo São Paulo em 2006, 07 e 08, Muricy Ramalho considera que o último foi o mais marcante e também o mais difícil. Na época, segundo ele, o elenco já estava “abandonado” pela diretoria depois da queda para o Fluminense na Libertadores e para piorar, em termos de tabela, chegou a estar 11 pontos atrás do líder Grêmio.
“O mais difícil dos três foi o de 2008. Eu falei isso na época: os dirigentes abandonaram o time depois que caiu da Libertadores. Foram saindo vários jogadores, não veio mais ninguém, ficamos só alguns caras que estavam encostados. Mas como eu sou muito determinado, eu juntei toda a turma que tinha e convenci os caras que poderíamos buscar. A direção nem ia mais nos treinos. Estávamos atrás do Grêmio e tiramos 11 pontos”, relembrou Muricy, em entrevista ao jornalista Duda Garbi.
Da reta final do primeiro turno até o término do campeonato, porém, o São Paulo se acertou novamente com os jogadores que ali estavam e trilhou uma arrancada até ultrapassar o Grêmio, que na época era treinado por Celso Roth.
“O que eu mais usei na época é que a reação foi com jogadores que não vinham jogando. Eu passei muita confiança para eles. Eu dizia que eles poderiam fazer o que os outros fizeram nos anos anteriores, que eu acreditava neles e que eles tinham condições. Isso eu fazia bem na minha carreira, que era fazer o jogador acreditar que era possível. Eu tinha muito atleta encostado, de lado, eu passava confiança. Falava que era a chance da vida deles”, acrescentou Muricy.
Como era aquele Grêmio?
Depois de cair para o Juventude no Gauchão e para o Atlético-GO na Copa do Brasil do mesmo ano, o Grêmio decidiu manter Celso Roth e conseguiu surpreender no Brasileirão. O time tinha nomes como Victor, Rever, Jean, Paulo Sérgio, William Magrão, Rafael Carioca, Tcheco, Douglas Costa, Perea, Reinaldo, Marcel, entre tantos outros.
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