Roth revela que elenco do Inter de 2016 não se relacionava e diz que futebol “apronta” Mazembe: “Como foi com o Barcelona”

Ex-técnico colorado concedeu entrevista nesta semana ao jornalista Duda Garbi no YouTube

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Responsável por dirigir o Inter durante grande parte do segundo turno do Brasileirão de 2016, o fatídico do inédito rebaixamento, Celso Roth revelou nesta semana ao jornalista Duda Garbi, no YouTube, que aquele elenco era dividido, estava sem alma e não se relacionava entre si.

E que, com 15 dias de trabalho, já imaginava que o rebaixamento era algo provável diante do quadro que se apresentava:

“O time de 2016 não era ruim para cair, mas estava completamente sem alma, sem relação, sem amizade, sem saber a importância da história do clube. Quando assumimos, já estava na descendente. Depois de 15 dias, já sabia que a coisa estava complicada. O relacionamento entre eles era bem complicado. E depois se soube de problemas da direção. Era um ambiente dividido entre os atletas e aí você precisa tomar medidas drásticas. Naquele ano começou o Argel, depois teve o Falcão, aí cheguei e o Lisca terminou. Normalmente, quando se troca o treinador, o grupo reage e se une. Mas naquele ano não foi assim”.

Mazembe

Além deste trauma no comando do Inter, Roth também dirigia a equipe na derrota na semi do Mundial de 2010 para o Mazembe, do Congo, onde até então jamais um sul-americano havia ficado de fora da final. Para o treinador, o futebol apronta esse tipo de resultado, como aprontou para o Barcelona em 2006 em benefício ao próprio Inter.

“Quando o Internacional saiu pela primeira vez para jogar o Mundial, ninguém dava nada pelo Inter. Porque tinha o Barcelona do outro lado. Nenhum colorado tinha a expectativa. O Inter foi lá, se defendeu, fez o jogo da vida e ganhou o Mundial. Já o Mundial de 2010, nós saímos daqui achando que nós éramos o melhor time daquele torneio. Melhor até que a Inter de Milão. Vínhamos fazendo exibições fantásticas naquele momento. Estávamos preparados. Sabíamos tudo do Mazembe antes de sair daqui”, disse, antes de terminar:

“Mas o futebol apronta essas coisas. Como o futebol aprontou para o Barcelona, o Mazembe aprontou para o Internacional. Se fizéssemos um gol no primeiro tempo, dificilmente perderíamos o jogo”.

Confira a íntegra da entrevista: