O fatídico ano do rebaixamento colorado ainda marca a carreira do técnico Celso Roth, que, coincidência ou não, não vou a trabalhar em outros clubes desde 2016. Ao programa Bola Nas Costas, da Rádio Atlântida, nesta quinta-feira, o comandante comparou a sua ida ao Inter naquela circunstância com Abel Braga, no Cruzeiro, em 2019.
A semelhança é que ambos assumiram durante a campanha e viram os times serem rebaixados já fora do cargo – Abel, vale lembrar, teve menos tempo de comando que Roth.
“Se o time não está solidificado, sedimentado, dentro da sua administração, juntamente com a sua direção, não consegue ir adiante. Ninguém consegue ganhar sozinho. Não são os jogadores que ganham sozinhos, não é o treinador que ganha sozinho, não é a direção que ganha sozinha. O que ganha é o coletivo. Se o coletivo estiver forte em todos os setores, a coisa anda. Quando a coisa está desequilibrada em algum desses setores, não consegue nada e vai na descendente. Foi o caso do Inter de 2016 e do Cruzeiro do ano passado O Abel achou que conseguia fazer alguma coisa, foi pra lá pra ajudar e não conseguiu. A coisa não anda”, lamentou.
Roth lembrou que aceitou a proposta do Inter por uma “convocação” do então dirigente Fernando Carvalho:
“O treinador, quando trabalha, assina um contrato de fidelidade ao clube, né? Quando a gente foi convidado para ajudar o Internacional, tanto eu quanto o Fernando (Carvalho), e foi o Fernando que me convidou, para tentar ajudar o Internacional e tirar o Internacional daquela situação, que já estava desenhada, a gente não sabia das dificuldades que existiam, que veio à tona agora há pouco tempo. E agora todo mundo está sabendo o que aconteceu e o que estava por trás da situação técnica do Internacional”, colocou, sobre as investigações de irregularidades da diretoria.