
Após a derrota por 4×2 do Internacional para o Corinthians, fora de casa, válido pelo Campeonato Brasileiro, o técnico Roger Machado concedeu entrevista coletiva e fez uma análise detalhada do desempenho da equipe, destacando o impacto da expulsão de Bruno Henrique, os ajustes táticos realizados e as dificuldades do time nos jogos fora de casa.
Primeiro tempo sólido e estratégia executada
Roger ressaltou que o Colorado conseguiu impor seu jogo na primeira etapa, reagindo bem ao primeiro gol do Corinthians e conseguindo virar a partida antes do intervalo. “A vitória parcial era resultado do nosso controle, estratégia e trabalho diário”, afirmou o treinador.
O esquema inicial foi montado prevendo a postura do Corinthians sob o comando de Dorival Júnior. Roger organizou o time com Fernando fixando a linha defensiva, enquanto Alan Patrick articulava no meio, auxiliado por Wesley e Enner Valencia no ataque.
Porém, no segundo tempo, o cenário mudou completamente com a expulsão de Bruno Henrique, o que obrigou o Inter a reformular seu sistema e recuar a marcação.
Críticas à arbitragem e impacto da expulsão
O treinador colorado não escondeu sua insatisfação com a arbitragem, especialmente sobre a falta de critério na aplicação dos cartões e nas faltas em origem às anulações de gols.
“A jogada da expulsão é completamente irregular. Tem uma falta no Óscar (Romero) antes, o Bruno tenta disputar, mas pisa no chão, e ainda assim recebe o segundo amarelo”, explicou Roger, lamentando a decisão que prejudicou o time.
Ele também mencionou a influência do VAR e a falta de critério, afirmando que os árbitros passaram a depender excessivamente da tecnologia para tomar decisões. Falou sobre as faltas que não foram marcadas pelo árbitro na origem de dois gols que foram anulados após revisão d VAR: “O VAR se tornou uma muleta. Dois lances eram decisões de campo e foram simplesmente ignoradas”, completou.
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Problemas defensivos e dificuldades longe do Beira-Rio
O técnico foi questionado sobre os espaços cedidos ao Corinthians durante o jogo. Roger admitiu que alguns setores não funcionaram como esperado, principalmente após o time ficar com um jogador a menos.
“Carrillo teve vantagem em algumas jogadas pelos lados, mas não vejo que tivemos um problema maior até o gol do Corinthians. A flutuação do Depay impactou nossa marcação, e buscamos neutralizar isso ajustando o posicionamento de Fernando”, explicou.
Além disso, Roger discutiu o desempenho do Internacional longe de Porto Alegre, reconhecendo a falta de vitórias fora de casa. “Não mudamos postura fora de casa, mas o ímpeto dos adversários nos empurra para trás”, justificou, apontando a necessidade de manter a posse de bola e evitar devolvê-la rapidamente ao rival.