Em entrevista coletiva concedida depois da vitória de 2×0 sobre o Caxias, fora de casa, que deixou o Inter em situação confortável na semifinal do Gauchão, o técnico Roger Machado se manifestou sobre a polêmica do gramado sintético no futebol brasileiro e saiu em defesa dos atletas, que estão se posicionando contra esse tipo de campo – reveja aqui.
“É outro esporte, outro tipo de terreno. O jogo fica completamente diferente. Atletas fazem bem em se manifestar. Temos três ou quatro (campos) de muito bom nível no país. Se tiver, você terá de treinar no campo sintético e, em 15 anos de atleta, causará impacto. Eles fazem um questionamento justo. Ninguém os perguntou. As decisões foram tomadas alheias ao pensamento deles”, disse Roger, em fala recuperada pelo Globoesporte.
Atualmente, contando as principais séries do futebol brasileiro, os estádios que contam com esse tipo de gramado são Allianz Parque, Ligga Arena, Nilton Santos e MRV Arena, de Palmeiras, Athletico, Botafogo e Atlético-MG, respectivamente.
O texto que o atletas estão divulgando:
“Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos. Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim.
Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste. Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam. FUTEBOL PROFISSIONAL NÃO SE JOGA EM GRAMADO SINTÉTICO! #NãoAoGramadoSintético”, diz o texto dos atletas.