Reunião de 40 minutos, conversa decisiva e chance final: os bastidores do confuso “fico” de Tiago Nunes no Grêmio

Treinador esteve por um fio de ser demitido do Grêmio depois da derrota para o Juventude

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“Não é momento de falar. Estamos chateados e entristecidos”.

Foi assim que o presidente Romildo Bolzan Jr se manifestou ao descer de um dos camarotes do Alfredo Jaconi rumo ao vestiário do visitante. Acompanhado dos dirigentes Marcos Herrmann, Carlos Amodeo e Diego Cerri, o mandatário demorou a deixar a sala após a derrota de 2×0 para o Juventude e ali se iniciou o debate sobre o futuro do Grêmio.

Antes da tomada de uma decisão mais firme, que rumava para a demissão de Tiago Nunes, os dirigentes optaram por ouvir o treinador. E, em um reunião de cerca de 40 minutos, o técnico – segundo a Rádio Gaúcha – foi cobrado e reverteu a saída ao garantir que vê capacidade no seu trabalho de conseguir alterar o quadro atual.

Na sequência, o vice de futebol Marcos Herrmann vai para uma confusa coletiva, onde não foi claro inicialmente sobre a permanência ou não de Nunes, surpreendeu a todos ao pedir a criação de um “fato novo” mesmo com a continuidade da comissão técnica e ainda irritou os gremistas ao falar que “o torcedor comum não está no CT vendo o trabalho”.

“Sexto jogo sem vitória é inaceitável. Agora, nós estamos no dia a dia no CT, a gente vê o trabalho, é muito bom, de muita intensidade, mas não está dando resultado no campo. É o fato inconteste. Como torcedor, vemos o jogo também. Obviamente cobramos muito no vestiário, pedimos alguma providência mais efetiva. O que foi compreendido pela comissão, também estão ansiosos por resultados. Vamos precisar de algum fato novo, mas não é a troca da comissão técnica. Não nesses próximos dias”, disse Herrmann na coletiva sobre a reunião com o treinador.

Presidente do Grêmio dá ultimato

De forma mais clara, Romildo Bolzan avisou que o “fato novo” mencionado pelo seu colega de direção é simplesmente vencer. Assim, está cristalino: se o Grêmio não ganhar do Atlético-GO no domingo, em casa, às 20h30, Tiago Nunes será mandado embora.

“O fato novo é vencer. O fato novo se não ficou claro antes é a capacidade de reação, capacidade de vencer. Não tem mais espaço para perder”, disse Bolzan, que demonstrou ter perdido a paciência com os maus resultados no certame nacional:

“Se tiver que mexer vamos mexer e o treinador tem total liberdade para isso (sobre mexer no time)”, ampliou.

Em paralelo, a torcida tricolor não suporta mais o mau momento vivido. Na saída dos dirigentes em Caxias do Sul rumo ao estádio, ainda antes do jogo, a pressão foi feita bem próxima dos carros na rua. Nos dias anteriores, faixas em ruas de Porto Alegre cobravam o elenco, a comissão técnica e também o presidente Romildo Bolzan Jr.

Este é o pior início de Brasileirão do Grêmio contando o ano de 2003, do início do sistema de pontos corridos para cá. São 2 pontos em 18 disputados, com quatro derrotas e dois empates, e a lanterna isolada do certame.

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