Enquanto os jornalistas corriam atrás de suas fontes durante a quarta-feira para saber se Everton jogaria o Gre-Nal, o técnico Renato Portaluppi não tinha dúvida alguma sobre a escalação. Porque o próprio atacante, na noite de terça, procurou o treinador pedindo para estar em campo.
Cebolinha, um dos destaques da vitória de 2×0 na final do returno do Gauchão, tem proposta de 22 milhões de euros do Benfica e chegou a chorar dando entrevista em tom de despedida após o clássico contra o Inter.
“Ontem, estava no meu quarto conversando com o Vitor, nosso assessor. Bateram na porta e, para minha surpresa, era o Cebolinha. Muita gente estava falando que ele estava vendido e não ia jogar, mas ele pediu, pelo amor de Deus, para jogar. Acordei mais tranquilo ainda. Conversei com o grupo, falei que ele pediu para jogar e que queria se despedir, se fosse o último jogo, com o título. Ele teve uma grande atuação com os demais companheiros e nos ajudou a conquistar o turno”, elogiou Renato.
Em homenagem, Geromel e Maicon deram a braçadeira de capitão a Everton para que ele pudesse levantar a taça do returno. Agora, em data a ser confirmada, o Grêmio faz a final geral do estadual diante do Caxias.
Renato alfineta Inter sobre o gramado
Foram grandes as reclamações do Inter sobre as condições dos gramados do interior gaúcho na volta do estadual. Muito por isso, o clube fez força para poder voltar a jogar em Porto Alegre. Todo esse contexto fez Renato, fiel ao seu estilo, fazer questionamentos na coletiva:
“Muita gente acha que o Internacional está jogando há algum tempo assim, e joga melhor que o Grêmio em campo bom. Acho que a maior prova foi o que aconteceu na Arena”, disse, antes de concluir:
“Estamos jogando praticamente da mesma forma faz quatro anos, e meu time sempre jogou muito bem em campos bons. Muita gente falou que o campo ruim prejudicou o Inter em Caxias, mas acho que prejudicou muito mais o Grêmio. O Grêmio joga bem em campos bons há quatro anos. Não sei de onde certos jornalistas tiram certas ideias”.