O técnico Renato Portaluppi também indica ser favorável à paralisação do futebol brasileiro neste momento dramático do Rio Grande do Sul, que vive a sua pior enchente da história com mortes, desaparecidos e inúmeros desabrigados. Para ilustrar o seu pensamento, o treinador do Grêmio compartilhou na web uma frase dita pelo experiente meia Nenê, do Juventude, ao site Globoesporte.com.
“A destruição foi muito grande. Gostaria de fazer um apelo, juntar os clubes e tentar parar. A vida vai além do futebol e não estou com clima nenhum para jogar e treinar”, disse Nenê, na declaração apoiada por Renato em seu Instagram oficial.
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Renato está no Rio de Janeiro
Após ficar ilhado no hotel que mora em Porto Alegre e ter que ser resgatado, Renato foi para um outro hotel na capital gaúcha, que estava sem água. Assim, apoiado pela direção gremista, ele viajou para o Rio de Janeiro, onde tem casa fixa.
“Boa noite ao pessoal do Rio Grande do Sul. Antes de mais nada, um abraço apertado em todos vocês. A tristeza de vocês é a minha também. Só explicando que eu estava em um hotel e fiquei ilhado. Fui resgatado, como todo mundo viu. Fui para outro hotel em Porto Alegre, mas, infelizmente, faltou água. E as autoridades pediram que as pessoas deixassem a cidade. Foi o que eu fiz e vim para o Rio de Janeiro”, citou Renato, em vídeo ao lado da filha Carol, para depois complementar:
“Estando no Rio Grande do Sul ou no Rio de Janeiro, não faria muita diferença. Eu acho que o importante é ajudar as pessoas que estão necessitando. Estou aqui com a minha filha, a Carol, que também tem tentado ajudar as pessoas. A gente já ajudou crianças, idosos, animais. Se cada um fizer sua parte, nem que seja o mínimo possível, a gente vai diminuir um pouquinho o sofrimento do povo gaúcho”.
Nenê tenta mobilizar colegas
Favorável à paralisação geral, Nenê tem falado com os demais capitães dos clubes brasileiros para tentar criar uma mobilização conjunta:
“Fiz um texto e mandei no grupo de capitães dos clubes da Série A. Antes do campeonato, tivemos uma reunião com a CBF, envolvendo todos. E agora tentei dar esse start. Temos uma força muito grande e, se a gente se unir, podemos fazer algo para ajudar. Vamos buscar essa mesma direção. Eu imaginei que a CBF iria paralisar o campeonato. Como teve a reunião e não houve esse consenso, tentei, a partir disso, falar com os capitães e mudar a rota. Tem cidades que ainda estão sendo inundadas agora, caso de Pelotas. Não tem clima nenhum”, declarou o jogador do Juventude, ao Globoesporte.
No momento, os times gaúchos seguem com os seus jogos suspensos em todas as divisões até o dia 27 de maio, em medida anunciada pela CBF no começo desta semana.
