Após encerrar oficialmente a carreira até com gol marcado na vitória do Inter de 2×1 sobre o Fortaleza, no Beira-Rio, pela segunda rodada do Brasileirão, Andrés D’Alessandro curtiu a semana livre com a família, descansou da rotina de treinos e voltou a ter um compromisso na última segunda-feira: ao vivo, conversou com Galvão Bueno e demais jornalistas da bancada do Bem, Amigos!, do SporTV.
No programa, D’Ale falou normalmente sobre a rivalidade Gre-Nal, o peso do jogo e também a relação criada com Renato Portaluppi, ídolo gremista e que foi técnico do Grêmio recentemente de forma ininterrupta entre setembro de 2016 e abril de 2021.
O argentino ainda recordou a “orientação” de Renato ao volante Maicon para gerar o famoso atrito no “cara ou coroa” antes de um Gre-Nal no Beira-Rio pela primeira fase do Gauchão de 2018:
“A gente jogava o clássico e no meio do jogo eu olhava pro Renato, ria e a gente conversava depois do jogo. Muitas vezes a câmera não pegava. No cara ou coroa, eu estava no Beira-Rio, na minha casa e vou deixar alguém falar com o juiz? Nem lembro o que respondi”, comentou o gringo.
“Imagina você e Renato, os dois lado a lado, um atormentando a vida do outro. Sei que vocês se dão bem”, brincou Galvão.
Com a camisa do Inter, D’Alessandro jogou 529 partidas, com 97 gols marcados, 113 assistências e 13 títulos oficiais erguidos. Reveja outras falas de D’Ale no programa:
Maiores ídolos do Inter
“Eu não posso me colocar em um lugar desses (no top 3 de maiores jogadores do Inter). Acho que o primeiro erro que a gente pode fazer é se colocar em algum lugar no clube. Quem coloca o jogador é a torcida. Ele, torcedor, te coloca em uma posição que tu mereces, que ele acha que tu deves estar na história do clube. O Inter tem vários jogadores que passaram e ganharam muito mais que eu, mas não é só isso, a gente criou uma coisa que vou levar para o resto da vida”
Mudança na rotina
“Eu morri um pouquinho. Concordo com Falcão, estou sentindo falta. A nossa rotina, a gente acorda, se prepara para os treinos. Tivemos uma infância, adolescência, tudo dedicado ao futebol. A gente não vive uma vida normal, deixamos várias coisas de lado, gostaríamos de jogar futebol até os 70, mas não dá. A gente tem de aceitar, ainda não aceitei, mas por enquanto vou levando”
Desejo de voltar futuramente ao futebol
“Eu preciso do futebol, a minha vida precisa, não como atleta, mas alguma coisa vou fazer, ainda não está definido. Não tenho pressa para me encaixar em algo, técnico ou em algum cargo de gestão. Gosto muito de poder passar a vivência, a experiência de vestiário, poder transmitir alguma coisa que a gente aprendeu para os jogadores mais jovens”