Após o clássico Gre-Nal que terminou empatado em 1×1, o Inter criticou duramente a atuação do VAR e a arbitragem, alegando influência externa nas decisões. O clube enviou um ofício solicitando os áudios do VAR e vetando a escalação de Daniel Nobre Bins em seus jogos.
“Ainda tentando entender o critério do pênalti no Gre-Nal… A bola bate no braço do Wanderson, colado ao corpo, mas o VAR, sempre muito “atento”, resolveu chamar o árbitro. Curioso como, quando um certo VAR está no comando, os lances parecem ter destino certo: de um lado, tudo é pênalti; do outro, tudo é ignorado. Mas claro, deve ser só mais uma grande coincidência”, escreveu o perfil do Inter, no X.
Ainda tentando entender o critério do pênalti no Gre-Nal… A bola bate no braço do Wanderson, colado ao corpo, mas o VAR, sempre muito “atento”, resolveu chamar o árbitro. 🤷
Curioso como, quando um certo VAR está no comando, os lances parecem ter destino certo: de um lado, tudo… pic.twitter.com/VyFHALI3qt
— Sport Club Internacional (@SCInternacional) February 10, 2025
Em resposta, mesmo que indiretamente, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) Luciano Hocsman, destacou que o trabalho é feito sempre em conjunto e que a competição é dos clubes, com a FGF atuando como mediadora. Ele criticou a visão de alguns clubes que, segundo ele, não percebem a necessidade de pensar em um todo e não macular a imagem da entidade.
“É lógico que cada um deve defender suas cores, mas é preciso pensar no benefício coletivo. Não adianta prejudicar a imagem da entidade em um ano e depois querer mais benefícios no ano seguinte”, disse o presidente em entrevista à Rádio Gaúcha.
Além disso, ele defendeu a qualidade dos árbitros gaúchos e mencionou que, no ano passado, o melhor árbitro do Brasil foi gaúcho. Ele também destacou que profissionais da FGF já foram solicitados para arbitrar em competições nacionais, mostrando o alto nível dos árbitros locais.
Em recente entrevista ao programa “Show dos Esportes”, da Rádio Gaúcha, Hocsman destacou que o VAR tem sido muito bem utilizado e que o nível de justiça demonstrado tem sido adequado. Ele também afirmou que polêmicas acontecem tanto com quanto sem o uso do VAR. Hocsman ressaltou que não é correto questionar a idoneidade moral dos profissionais envolvidos e que todos estão ali para fazer o seu trabalho de forma séria.
“O trabalho é feito sempre em conjunto, nunca apenas da FGF. A competição é dos clubes e a FGF é a mediadora do conflito. Muitas vezes parece que os clubes não têm esse percepção. Essa situação de cada um olhar para o seu próprio interesse. Lógico que tu deve defender as tuas cores, mas tu tem que pensar em um todo. Não adianta macular a imagem da entidade em um ano, mas no outro tu querer três vezes mais do pagamento de hoje. A terceirização da culpa é comum em qualquer área e infelizmente isso acontece no futebol de uma forma mais agressiva”, afirmou Hocsman.