
SOLTOU O VERBO
Em uma longa entrevista concedida no quadro “De Carona”, do jornalista Filipe Gamba, no YouTube, o ex-zagueiro Paulão passou a limpo a sua passagem pelo Inter e abriu o jogo sobre os acontecimentos do ano de 2016, que marcou o inédito rebaixamento da história do clube. Ele admitiu ter saído com uma certa mágoa em 2017 e reconheceu que há semelhanças do time atual com o que foi rebaixado na sua época:
A marca do rebaixamento de 2016
“Muito (marcado pelo rebaixamento). Fiquei bastante. A imagem que o torcedor tem do meu período todo aqui é só o rebaixamento. Só que tive títulos, histórias legais no clube, tricampeonato estadual, Recopa, semi de Conmebol Libertadores, uma história muito grande. Mas as pessoas falam o que elas querem. Claro que os torcedores marcam o 2016”
Problemas da diretoria do Inter da época
“Nós não desconfiávamos de nada da direção. No dia a dia, você não tem como desconfiar. Você fica preocupado com o campo. Naquele ano, o Inter liderou por um tempo. Indo bem e fazendo bons jogos dentro e fora de casa. A gente não sentia. Depois de um tempo, você via o clima pesado e um olhar diferente. Mas não tinha como imaginar que aquele 2016, depois daquele início, terminaria assim”
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Erros na montagem do elenco
“Faltou sequência para os jogadores mais experientes de 2015. O nosso time renovou de uma maneira muito rápida. E os times assim caem ou sofrem muito. Tínhamos jogadores muito jovens e aí não lidamos bem com a pressão. Tanto é que, quando entramos na zona, não tínhamos mais força para sair. Se tivéssemos caras mais experientes, poderia não ter acontecido. A queda marca a nossa carreira e o clube, mas não foi uma coisa ridícula ou vexatória. Caímos por um ponto. E, depois, vimos que não foi só pelo campo”
Relação com Argel
“O ambiente com o Argel não era ruim. Mas ligaram muito para o que foi aquele Gre-Nal do trator. E aí resolveram mandar o treinador embora. Só que o nosso momento não era ruim. Tinha quem não gostasse dele, mas ficamos 16 jogos sem perder naquela temporada”
Mágoa do Inter
“Tive muita mágoa do Inter. Sempre fui bem claro. E eu sempre soube das minhas limitações. Eu sempre me entreguei e me doei, então no mínimo eu esperava um respeito. Eu cheguei no Inter como campeão brasileiro pelo Cruzeiro no ano anterior. Da maneira que eu saí daqui, parecia que eu tinha cometido um crime contra alguém”
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Comparação entre Inter de 2016 e de 2025
“Desde 2017, quando saí, nunca mais voltei ao Beira-Rio. Então, não sei falar internamente, porque não tenho informação alguma. Tenho amigos ali, não sei te falar, mas, questão de campo, a nossa situação de 2016 foi simular. Tem algumas semelhanças. Quando a conta chega, parece que chega diferente para alguns jogadores. Uns passam ilesos e outros não. Eu espero que não caia, torço que não, minha torcida é essa, mas não dá para garantir“


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