Odair se emociona ao lembrar da perda da Copa do Brasil pelo Inter e diz que Ramírez precisa ter “convicção” no trabalho

Técnico Odair Hellmann, Al Wasl, dos Emirados Árabes, concedeu entrevista ao jornalista Luciano Potter

Com a voz embargada e necessitando de segundos em silêncio para respirar, o técnico Odair Hellmann, hoje no Al Wasl, dos Emirados Árabes, teve dificuldades para falar novamente da perda do título da Copa do Brasil de 2019 com o Inter em entrevista ao jornalista Luciano Potter, no YouTube.

Na ocasião, o colorado perdeu a chance de dar fim ao jejum de títulos nacionais sofrendo duas derrotas para o Athletico, do então técnico Tiago Nunes, hoje comandante do Grêmio:

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“Eu sou um cara muito emocional. Eu vivo a emoção que a vida me proporciona, seja ela boa ou ruim, por que isso faz parte para todos. Para ti, para mim. Nós vivemos assim. E a gente precisa encontrar equilíbrio nesta caminhada. Nessa nossa caminhada de início, meio e fim. Tem algumas coisas que me emocionam na minha vida, muito. Falar do meu pai me emociona, falar da minha trajetória me emociona, e deste dia (final da Copa do Brasil) me emociona. É que nós lutamos muito para conquistar, e eu sei porque eu vivi desde 2009 dentro. Eu só assisti 28 minutos daquele jogo até hoje. Vou assistir, mas eu não consigo ainda assistir. Foram 21 anos dentro de um clube. Um dia eu volto para concretizarmos o que ficou faltando”, disse Odair.

Potter também perguntou a Odair sobre até que ponto vai a “paciência” com o trabalho de um treinador no futebol e linkou com a situação do espanhol Miguel Ángel Ramírez, cada vez mais cobrado no Inter de 2021:

“O futebol é um esporte que tu vai perder. O campeão brasileiro perdeu sete, oito partidas. O campeão perde, não ganha 38 vezes. A gente pede paciência, mas sabe que o resultado no futebol é preponderante para que essa paciência continue e dê um tempo para que você consiga passar pelos momentos difíceis. O torcedor paga, viaja, vai no estádio, reclama. Agora, os profissionais do futebol precisam ter uma capacidade de entendimento para que a paciência seja dada. Do torcedor, tu não pode pedir nada”, comentou Hellmann, para depois concluir:

“Corrigir ganhando. Eu jamais faria uma avaliação de um trabalho de um profissional de futebol. Tenho o maior respeito pelo Ramírez, por suas ideias, convicções e formas de trabalhar. Para se ganhar há várias formas. Não é uma só que se ganha. Muitos modelos ganham. É ele ter convicção no trabalho dele, porque eu tenho no meu. No futebol brasileiro há pouco tempo para treinar, e isso pode estar trazendo dificuldade. E o futebol precisa repetir, precisa da sequência”.

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